PET Geologia da UFPR estuda antiga atividade vulcânica em cachoeira turística da Grande Curitiba

12 dezembro, 2023
17:37
Por Camille Bropp
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Ensino e Educação

Visitas de estudantes à Cachoeira dos Ciganos, em São José dos Pinhais (PR), estão servindo para coleta de amostras que ajudarão a detalhar a história geológica da localidade

A atividade vulcânica que ajudou a formar a localidade de Cachoeira dos Ciganos, em São José dos Pinhais (PR), será objeto oficial de estudo de um projeto de extensão e pesquisa do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a partir de 2024.

Mas as atividades em campo no âmbito da disciplina sobre vulcanismo, lecionada pelo professor Fábio Braz Machado, já permitem conhecer aspectos curiosos do ponto turístico que atrai curitibanos principalmente no verão.

Já com amostras em investigação, a pesquisa da antiga atividade vulcânica e o levantamento do potencial geoturístico da região serão explorados pelos alunos do Programa de Educação Tutorial do curso (PET Geologia).

Estudantes da disciplina de vulcanismo, do Departamento de Geologia da UFPR, em atividade de campo realizada em novembro. Foto: PET Geologia/UFPR/Acervo

Segundo Machado, sabe-se que a área é uma antiga caldeira vulcânica há mais de 580 milhões de anos, com evidências de explosões semelhantes à que vitimou a população de Pompéia, cidade localizada ao pé do Vulcão Vesúvio, em 79 d.C.

Durante as aulas, os estudantes recolhem e descrevem amostras de rochas que mostram a história geológica da região, com resquícios de cinzas vulcânicas litificada (tufo), bombas vulcânicas, pomes, lapillis e lava com evidencias de fluxo em ambiente extremamente hostil.

Amostras

A tarefa acadêmica é determinar qual o tipo de vulcão e o tipo de erupção existente no local. As amostras estão em bom estado de conservação, ainda que tenham sofrido decomposição (intemperismo químico) por causa das águas do rio.

“Pelas pesquisas, a coluna eruptiva [nuvem formada pelas cinzas na erupção] pode ter chegado a até 50 quilômetros de altura, o que poderia ter sido suficiente para causar alguma mudança da temperatura no planeta”, avalia Machado.

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