Pesquisadoras analisaram 411 propostas de ações extensionistas da UFPR entre 2018 e 2022
Por João Cubas
Quais ações de extensão da Universidade Federal do Paraná possuem potencial de inovação social? Essa e outras questões são discutidas no artigo produzido pela pedagoga Thais Pacievitch (foto), servidora da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (PROGRAP), e pela professora Ana Maria Eyng, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A publicação é resultado do estágio pós-doutoral de Thais, que teve enfoque nas relações entre a extensão universitária, os direitos humanos e a inovação social.
Para tanto, as pesquisadoras analisaram 411 propostas de ações extensionistas da UFPR entre 2018 e 2022 recepcionadas pelo Comitê Assessor de Extensão (CAEX). A leitura e a classificação das propostas seguiram critérios como a centralidade dos direitos humanos, o envolvimento de participantes externos à universidade e o potencial de inovação social. Isso significa que as ações deveriam prever, em sua metodologia, objetivos ou atividades, a troca de saberes populares e científicos.
Ao final, 49 ações foram selecionadas nesses critérios, e distribuídas nas áreas temáticas conforme mostra a imagem a seguir.
Áreas temáticas das ações selecionadas no artigo
De acordo com os resultados, a integração entre extensão universitária, inovação social e direitos humanos pode ser um elemento transformador no cenário da educação superior brasileira.
Outro fator que oportuniza as práticas extensionistas nas universidades é a curricularização dessas atividades nos cursos de graduação. Instituições de ensino superior devem dedicar, no mínimo, 10% da carga horária total dos cursos de graduação às atividades extensionistas, o que pode ser uma oportunidade de promover mudanças significativas tanto no ambiente acadêmico quanto na sociedade.
Em um segundo artigo, Thais e as pesquisadoras Mônica Luiza Simião Pinto, Dione Mari Caetano e Ana Maria Eyng analisaram os planos de implementação da curricularização da Extensão na UFPR e no Instituto Federal do Paraná (IFPR), à luz das orientações do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Ainda que guardem suas particularidades, as duas instituições apontam caminhos que dão aos estudantes a autonomia em suas trajetórias acadêmicas, dentro das referências do CNE para execução das atividades. Outro destaque é a necessidade de aprofundar as questões referentes à avaliação da extensão dentro dos espaços institucionais, considerando as diretrizes extensionistas.
Diretrizes da Extensão Universitária. Fonte: adaptado de Samanta Leske (IFPR)
Uma alternativa, apontada pela pesquisadora, pode ser a adoção de instrumentos de coleta de dados nas comunidades que são parceiras das ações, dentro dos princípios da extensão, em especial o da dialogicidade. “A extensão universitária precisa ser compreendida como um espaço de diálogo e aprendizagem mútua”, resume Pacievitch. Segundo a pedagoga, o conhecimento não deve fluir apenas da universidade para a comunidade, mas estabelecer de forma plena uma via de mão dupla, como preconiza a política extensionista, em que ambos os lados se beneficiam e crescem juntos.
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