Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC/UFPR) vivenciaram um momento mágico durante o monitoramento noturno do último sábado (9), quando registraram nova atividade de desova da fêmea tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) na praia de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná (PR).
Segundo ninho da tartaruga-de-couro. Fotos: LEC/UFPR
A equipe fez a coleta de amostras biológicas da tartaruga para avaliar sua saúde e realizou microchipagem para rastreio de longo prazo do indivíduo. De acordo com a coordenadora do LEC/UFPR, Camila Domit, a fêmea está bem e saudável. “A desova foi abundante, a volta para o mar foi perfeita e a equipe ficou repleta de boas energias por vivenciar este evento”. O monitoramento realizado pelos pesquisadores contribui para a avaliação e para a conservação da espécie no Brasil.
A primeira ocorrência de desova da tartaruga-de-couro registrada ao longo deste ciclo reprodutivo aconteceu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2020, próximo ao local em que a fêmea voltou para desovar segundo ninho. Segundo os pesquisadores, a deposição de ovos pode acontecer até dez vezes na mesma temporada.
Equipe do LEC/UFPR realizou microchipagem e avaliou saúde do animal.
A orientação aos veranistas e moradores locais é de não mexer nem tocar na tartaruga, caso ela seja avistada em novas desovas. Além disso, é importante respeitar o espaço isolado para proteger o ninho. Os especialistas lembram que molestar tartarugas marinhas é crime conforme a legislação ambiental vigente.
Confira momentos da desova da tartaruga-de-couro:
Imagens: LEC/UFPR
Tartaruga-de-couro
Criticamente ameaçada de extinção em todo mundo, a tartaruga-de-couro, também conhecida como tartaruga-gigante, precisa de todos os cuidados e monitoramento especializado de dia e de noite durante todo seu período reprodutivo.
É a maior espécie de tartaruga marinha existente, podendo medir até dois metros e pesar 700 quilos. Vive usualmente na zona oceânica durante a maior parte da vida, aproximando-se da zona costeira apenas para buscar alimentos ou durante atividade reprodutiva.
A espécie inicia seu processo reprodutivo após os 20 anos de idade e a única área regular de desova conhecida no Brasil está situada no litoral norte do Espírito Santo, na região de Regência.
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