Pesquisadoras da UFPR são premiadas em evento internacional de tecnologia assistiva

A impressão de código tátil de cores por meio da técnica embossing, processo que cria relevo em materiais, e o mapeamento de tecnologias multimodais para deficientes visuais desenvolvido pelas pesquisadoras Maria Lilian Barbosa e Dominique Adam, respectivamente, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram premiados no Workshop Internacional de Tecnologia Assistiva. A Fundação Araucária, a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) por meio do Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência e a Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) realizaram nesta quinta-feira (19) a premiação dos trabalhos apresentados durante o evento, que ocorreu entre os dias 18 e 19 de novembro, em Curitiba.

As pesquisas da UFPR ficaram com o primeiro e o segundo lugar e ambas são orientadas pela professora Maria Lúcia Okimoto. A primeira edição do workshop contou com a participação de pesquisadores que trabalham em projetos voltados para a inclusão de pessoas com deficiência. Professores dos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina foram os responsáveis pela avaliação online dos 36 trabalhos desenvolvidos no Paraná, e apresentados em formato de banner.

Com os certificados (da esquerda para direita), as pesquisadoras premiadas Maria Lilian Barbosa, Maria Lúcia Okimoto e Dominique Adam. Foto: Divulgação

Entre as pesquisas avaliadas, a “Aplicação do código tátil see color por processo de embossing e produtos para tecnologias assistivas” garantiu o primeiro lugar. O trabalho foi realizado por Maria Lilian Barbosa, mestre em Engenharia de Produto pela UFPR. O objetivo do estudo é imprimir o código tátil de cores para deficientes visuais, desenvolvido pela pesquisadora Sandra Regina Marchi, do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica da UFPR, na busca por uma solução mais acessível e barata para a criação e aplicação de etiquetas em braile. Maria Lilian destaca que a premiação de trabalhos realizados na UFPR, que ganham projeção em outros países, “é a chance de mostrar para o mundo que o Brasil produz conhecimento aplicado, que pode mudar a sociedade”.

A Universidade também conquistou o segundo lugar com o trabalho “Interação inclusiva: mapeamento de tecnologias multimodais para pessoas com deficiência visual”. A pesquisa foi desenvolvida por Dominique Adam, mestre em Acessibilidade da Informação e doutoranda em Design de Sistemas de Informação pela UFPR. Com o objetivo de ampliar a inclusão social, as tecnologias assistivas se baseiam em recursos e serviços que ampliam as habilidades funcionais de pessoas com deficiência.

Nova chamada em 2020

O Departamento de Políticas para a Pessoa com Deficiência, da Sejuf, prevê uma chamada pública para a seleção e financiamento de projetos, no primeiro semestre de 2020. “Muita coisa tem sido feita no Paraná. O objetivo é aproximar a tecnologia da população, com foco em autonomia, saúde e educação”, afirma Quelen Silveira Coden, coordenadora do Departamento e integrante do comitê organizador do workshop.

Em parceria com a Fundação Araucária, o objetivo é atender demandas emergentes, selecionando novas linhas de pesquisa através da consulta às pessoas com deficiência. Desta vez o foco será o trabalho conjunto e a troca de experiência entre várias universidades. Os valores destinados aos projetos selecionados ainda não foram divulgados.

Por Luiz Fernando Hanysz
Sob supervisão de Chirlei Kohls
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