Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisador na área de gestão da informação da UFPR recebe título de livre-docência; saiba como funciona a qualificação acadêmica

O professor Rodrigo Botelho-Francisco, do Departamento de Ciência e Gestão da Informação e vinculado aos programas de pós-graduação em Comunicação e em Gestão da Informação da UFPR, recebeu o título de livre-docência. A titulação foi concedida pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) reconhecendo seu trabalho de produção de conhecimento científico.

A qualificação é considerada a mais elevada em nível acadêmico e atesta excelência na docência e na pesquisa. Ela também prepara o professor para assumir cargos de grande responsabilidade na estrutura universitária, exercidos por docentes titulares – tais como presidência de órgãos, diretoria, pró-reitoria, reitoria, entre outros.

Rodrigo Botelho-Francisco coordena pesquisas com temas e abordagens sobre cibercultura em iniciação científica, mestrado e doutorado. Foto: André Filgueira/arquivo, Sucom UFPR

Nos últimos anos, o professor Rodrigo coordena pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado, com temas e abordagens sobre a cibercultura. “Numa perspectiva crítica, as investigações do nosso grupo de pesquisa buscam uma visão reflexiva e, ao mesmo tempo, aplicada das tecnologias digitais e como elas vêm afetando e sendo afetadas na sociedade contemporânea”, esclarece.

O texto que apresentou para o concurso e lhe garantiu a livre-docência sintetizou esse e outros estudos coordenados por ele ao longo da carreira em torno dos conceitos de literacias emergentes de atores em rede; da observação da cultura digital; da observação, experimentação e inovação tecnológica; e dos softwares livres e de código aberto.

Atualmente, o professor também é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação e responsável pela área na Agência Escola de Comunicação Pública UFPR. O livre-docente possui 22 anos de academia, somando-se graduação, mestrado, doutorado e docência na Universidade Federal do Paraná.

Para ele, a produção e a divulgação do trabalho científico devem ser pensadas para a sociedade. “Precisamos fazer ciência incluindo a população em geral. Uma vez que as pessoas compreendam como chegamos às nossas conclusões, elas também poderão vislumbrar as informações científicas no seu dia a dia de uma forma mais transparente e cuidadosa”.

A livre-docência

Para receber o título de livre-docência, é preciso passar por concurso, submetendo-se a provas escrita e didática, além de defender uma tese monográfica ou cumulativa. “Foram quatro etapas com parte de encontros presenciais e parte remota. Além de prova didática e escrita, houve a defesa de um texto síntese da minha produção científica e do memorial descritivo. Em todas as fases há a avaliação de uma banca, composta por cinco docentes que são professores titulares ou livre-docentes”, explica o professor Rodrigo.

De acordo com a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), os acadêmicos interessados na nomeação devem ter no mínimo cinco anos de doutorado, bem como linha de pesquisa independente e publicação de livros ou artigos em que figure como autor principal (primeiro autor ou autor de correspondência).

Estima-se que apenas 1,6% do corpo docente brasileiro tenha livre-docência, o que equivale a cerca de seis mil acadêmicos, segundo artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Genética em 2019. Para o professor da UFPR, saber que sua nota era suficiente para aprovação foi emocionante, mesmo com as dificuldades na realização do concurso por conta da pandemia.

O professor Rodrigo enxerga a livre-docência como parte natural do seu processo de formação. Ele espera que a qualificação lhe traga mais maturidade para colaborar na gestão universitária, na produção qualificada do conhecimento e na formação de novos profissionais e pesquisadores, mestres e doutores. “Mais que um título, para mim é um compromisso, como um ritual de passagem na minha formação docente e de cientista”, afirma.

Por Isabela Stanga
Sob supervisão de Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing e Agência Escola de Comunicação Pública UFPR

Sugestões

Centro de Medicina Veterinária do Coletivo comemora segundo aniversário com ação de adoção de cães
O Centro de Medicina Veterinária do Coletivo (CMVC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) comemora...
Pesquisadores relatam primeira evidência de poluição por biomídias plásticas no litoral do Paraná
As biomídias plásticas (termo usado pela indústria de saneamento) são pequenas peças plásticas perfuradas...
A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento passa a integrar o Scimago Journal Rank
A revista AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento é o periódico científico interdisciplinar...
Ações de divulgação científica da UFPR são apresentadas em encontro internacional na Espanha
As atividades de divulgação científica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram apresentadas, esta...