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Pesquisador da UFPR ministra palestra sobre descoberta na história evolutiva da humanidade

“A pré-história do Vale do Zarqa, Jordânia: a primeira expansão da humanidade?”. Esse foi o título que norteou a palestra ministrada pelo professor Fabio Parenti, do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A discussão ocorreu na semana passada no Centro de Ciências Florestais e da Madeira (Cifloma), Campus Jardim Botânico, e abordou transformações na trajetória da evolução humana. Parenti apresentou o processo da pesquisa desenvolvida por uma equipe de cientistas brasileiros, na qual ele é um dos líderes, que descobriu ferramentas de pedra lascada em um sítio arqueológico na Jordânia. O evento foi gratuito e teve transmissão ao vivo pelo canal da UFPR TV no YouTube.

Professor Fabio Parenti, do Departamento de Antropologia da UFPR, apresentou o processo da pesquisa que descobriu ferramentas de pedra lascada na Jordânia. Foto: André Filgueira/Sucom-UFPR

O pesquisador da UFPR começou a palestra afirmando que o estudo revela um aspecto interessante da ciência. Para ele, a ciência hoje em dia é o lado florido da globalização e os cientistas sempre foram globalistas. “Desde a Idade Média, nossos cientistas antepassados se comunicavam entre eles para trocar ideias pouco se importando com as brigas dos exércitos e tudo mais. Nossa pesquisa [na Jordânia] explora o interesse que as sociedades humanas têm para determinados lugares e como isso provoca conflitos, interações e até especiações, mudança de caracteres biológicos e culturais”, disse.

A datação das peças revelou-se muito antiga, entre 1,9 e 2,4 milhões de anos, o que indica que teriam sido fabricadas pelo Homo habilis, o que modificaria o que se tem estabelecido até agora de que a espécie nunca chegou a sair da África. Os modelos atuais indicam que a primeira espécie a sair da África foi o Homo erectus, no novo modelo ele teria evoluído de grupos de Homo habilis fora da África e depois retornado para aquele continente.

Sobre os próximos passos da pesquisa, o professor Parenti afirma que em fevereiro serão medidos novamente afloramentos. “Vamos fazer um estudo sedimentológico com os colegas da UFPR e refazer o mapeamento de uma forma mais apurada. Tentaremos identificar dois lugares para fazer escavações”.

Leia mais sobre a pesquisa neste link.

Confira também entrevista para a Revista Ciência UFPR.

Assista abaixo à palestra completa transmitida ao vivo pela UFPR TV:

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