Por Flavia Keretch, sob supervisão de Jéssica Tokarski
A Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a vitrine de um ecossistema acadêmico que demonstra como o conhecimento adquirido em sala de aula transcende os livros, transformando-se em investigação, descoberta e inovação prática.
O evento ocorre entre os dias 20 a 24 de outubro e, durante sua realização, a rotina universitária se transforma completamente: corredores e salas de aula tornam-se palco para apresentações de iniciação científica, trabalhos de extensão e oficinas; a comunidade externa é convidada a entrar e a participar ativamente desse processo, promovendo questionamentos e debates.
A participação dos alunos na pesquisa é fundamental, segundo o professor Antonio Manoel Nunes Castelnou, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. É nesta etapa que eles passam a ser também agentes de produção de conhecimento, além de receptores de informações. “Geralmente o aluno que faz iniciação científica amadurece como profissional e como pesquisador. Acho fundamental que a pesquisa seja valorizada em uma universidade como a nossa”, declara.
É por meio da pesquisa que os estudantes aprendem a questionar, investigar e contribuir cientificamente em suas áreas, saindo da zona de conforto e engajando-se no processo de construção do conhecimento acadêmico fundamentado na reflexão e na análise crítica.
Essa valorização se materializa nos diversos espaços de exposição, onde estudantes de todos os centros de ensino apresentam seus projetos com entusiasmo e domínio do conteúdo. É possível encontrar desde soluções tecnológicas para problemas ambientais até estudos sociológicos sobre direitos sociais e comunidades vulneráveis; um testemunho da diversidade e da relevância da produção científica na UFPR.
A aluna de direito e pesquisadora Giulia Mahnke Noé comenta sobre seu trabalho apresentado na Siepe, denominado “O Brasil que não digere: a política antidrogas como resultado de uma colonialidade inacabada”, e seu retorno para a sociedade.
Por se tratar de um tema sensível para a opinião pública, a pesquisa a ajudou a entender a política antidrogas como resultado de uma colonialidade inacabada, em que a hipótese central é que o proibicionismo, ao ser absorvido sem antropofagia cultural, tornou-se um mecanismo de reprodução de desigualdades. “É uma pesquisa importante para entendermos o que está por trás de toda a formação legislativa do Brasil. Toda a questão política, social e econômica deve ser levada em conta quando analisamos um projeto de lei”.
Na área da pesquisa, a edição da Siepe deste ano agrega o 32º Evento de Iniciação Científica (Evinci), o 17º Evento de Iniciação Tecnológica e Inovação (Einti), o 23º Encontro das Atividades Formativas (EAF), o 6º Encontro de Diversidade e Inclusão Social na Pesquisa e Extensão (Edispe) e o 1º Evento de Pesquisa e Extensão da Pós-Graduação (EPEx-PG).
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