O objetivo foi apresentar ao público curitibano – empresários, professores, estudantes, trabalhadores dos Correios e outras empresas – as propostas do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento 2007/2010 do Governo Lula.
“É importante divulgarmos o Programa porque achamos que o crescimento econômico do País tem a ver com o estado de espírito de toda a sociedade”, comentou o ministro. “Não basta lançarmos um programa, temos de acreditar que o Brasil tem condições maduras de crescer. Dos anos 50 aos anos 80, o País crescia muito. Já foi o que a China é hoje. Mas precisamos lembrar que também tivemos muitos problemas que nos fizeram acumular uma das maiores taxas de inflação o que tornou cada vez mais onerosa à movimentação do Estado. O que o PAC pretende não é apenas incrementar os investimentos do governo, mas incentivar a participação da iniciativa privada no processo. Para isso queremos dar uma maior previsibilidade sobre o crescimento da economia brasileira.”
Em sua apresentação para um auditório lotado no prédio dos Correios, o ministro apontou todos os investimentos já feitos dentro do programa e também as metas e propostas para sua continuidade nos três eixos de trabalho: infra-estrutura logística, infra-estrutura energética e infra-estrutura social e urbana, totalizando quase R$ 504 bilhões, R$ 112 bilhões só para este ano.
Algumas das ações previstas para o Paraná levantadas na apresentação foram a construção da segunda ponte internacional em Foz do Iguaçu e do Corredor Ferroviário do Oeste do Paraná; a ampliação e modernização da refinaria de Araucária – na área de investimentos em petróleo e gás natural; a ampliação da pista e do terminal de cargas do Aeroporto Internacional Afonso Pena, entre outros.
Também foi destacada a criação do FNHI – Fundo Nacional de Interesse Social, que deverá destinar recursos para aplicação em áreas de favelas e ocupações irregulares para obras realizadas em parceria com estados e municípios.
Após sua explanação, o ministro tirou dúvidas dos participantes, ocasião em que o reitor da UFPR Carlos Augusto Moreira Júnior aproveitou para abordar a questão da educação superior, questionando o representante do governo sobre as disparidades entre os investimentos feitos nas diferentes regiões do País e também sobre o uso de terras e imóveis do Patrimônio da União, facilitado pelas parcerias não apenas público-privadas, mas público-públicas. “Em conversa anterior a palestra, o ministro já disse que os R$ 8 bilhões reservados para o projeto da Universidade Nova não fazem parte do PAC”, disse Moreira Júnior. “Temos um estado que investe pesadamente em Educação Superior, mas quando fazemos a comparação entre os orçamentos das diferentes Federais vemos que o Paraná fica muito aquém em relação aos outros estados. Gostaríamos que o senhor, como um ministro do Paraná fizesse a diferença neste assunto, cuidando do saneamento das desigualdades que já são históricas. Sobre o uso das terras e imóveis, existem vários prédios e áreas em Curitiba sem uso que são do Patrimônio da União e nós estamos sempre precisando de novos espaços.”
“Estamos elaborando um grande plano de melhoria na Educação”, respondeu o ministro. “Isso porque sabemos que ela é absolutamente importante para o desenvolvimento do País. Também queremos aplicar na ciência e tecnologia, não só com investimentos do Governo, mas da iniciativa privada. Pensamos no País para os próximos 30, 40 anos. Por isso as medidas não estão sendo anunciadas no PAC. Elas deverão ser anunciadas ainda para este mês, mas como um item especial. Sobre as parcerias público-públicas, é evidente que as instituições deveriam conversar mais. Já aprovamos uma Medida Provisória no Congresso que deverá acelerar a utilização de terras públicas. No PAC estamos catalogando todos os recursos e analisando o volume de projetos de cada um dos estados e municípios. O objetivo é fazer uma distribuição eqüitativa, mas é claro que se não houver projetos suficientes, vamos redistribuir os valores.”
Após a palestra, o ministro participou de uma coletiva com a imprensa respondendo a questões variadas não apenas sobre o PAC, mas também sobre o metrô em Curitiba, a crise do setor aéreo e a Emenda 3.
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Fonte: Vivian de Albuquerque
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