Um dos mais desconhecidos da Universidade Federal do Paraná e escondido no coração do Batel, o Departamento de Artes é um campus diferente. Ao contrário dos outros prédios da instituição, onde tudo que se ouve pelos corredores é o barulho de passos apressados e da conversa dos alunos, lá é possível ouvir música ao vivo todos os dias, vinda das salas de aula.
Desde o último dia 20, porém, o lugar está ainda mais cheio desse espírito artístico, já que a VII Mostra DeArtes toma vários espaços, mostrando que o que não falta por ali é espírito criativo. Com curadoria das estudantes Melanie Lamel, Kelli Maciel e Maya Weishof, a coordenação apenas cede o espaço para a realização do evento e todo o resto fica por conta delas.
No segundo ano do Bacharelado em Artes Visuais, Maya estagia há seis meses no Museu de Arte da UFPR (Musa), cuidando do acervo e da documentação, e diz que a experiência com a mostra é importante para a vida profissional. “O trabalho é bem prático. Nós produzimos o texto, estudamos as fichas, fizemos as medições das obras”, conta. Além disso, como todos os trabalhos inscritos pelos alunos entram na exposição, ainda foi preciso buscar um tema comum entre as obras. “Poderia mandar qualquer coisa, entraria [na exposição] e a gente organizaria. Com esse material, nós fizemos uma costura e chegamos a alguns pontos comuns.”
A exibição é bastante intimista e pessoal, trazendo o artista falando dele mesmo. “Essas emoções latentes são uma característica do jovem. Quando ele quer se autoconhecer, ele extravasa na arte”, relata a curadora. Dentre os assuntos abordados estão morte, vida, tempo, sensações – tudo bastante subjetivo. Ao todo, 27 artistas participaram da exibição.
Fabiana Caldart, aluna do segundo ano de Licenciatura em Artes Visuais, levou para a mostra um trabalho fotográfico intitulado “Impermanência”, baseado no conceito budista de que tudo passa. “Acho que a mostra é como um teste, é diferente de fazer uma exposição fora da universidade porque aqui a gente pode ouvir a opinião de diversos colegas”, explica a estudante, que acredita que o retorno dos amigos é a melhor parte da experiência.
Os trabalhos trouxeram diversos materiais – como costura, colagem, desenhos, foto – e linguagens – teve até uma performance envolvendo a artista, tomates, ratoeiras e interação com o público -, não se limitando às salas de exposição. Mais do que nunca, o prédio que se confunde com as árvores da Coronel Dulcídio respirou arte.
Por Jéssica Maes
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