Projeto da UFPR reuniu estudantes, professores e escolas de mais de 40 cidades para celebrar o desempenho em matemática e incentivar novos talentos
A 8ª edição da Olimpíada Paranaense de Matemática (OPRM) premiou 240 estudantes nesta terça-feira (25). Projeto de extensão do Departamento de Matemática (Dmat) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a olimpíada é realizada em parceria com escolas públicas e particulares de todo o estado.
A cerimônia de premiação ocorreu no Auditório do Colégio Curitibano Adventista do Bom Retiro, em Curitiba, e reuniu cerca de 700 alunos, colégios, pais e responsáveis. Foram distribuídas 11 medalhas de ouro, 22 de prata e 33 de bronze, além de menções honrosas para os três níveis de competição: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio).

A OPRM tem o objetivo de identificar potenciais talentos em matemática, além de estabelecer um diálogo entre a universidade e a escola. São duas fases: a primeira, composta de 20 questões de múltipla escolha, é aplicada nas próprias escolas; já a segunda, que traz seis questões discursivas para serem resolvidas pelos estudantes, é aplicada em cerca de 15 polos distribuídos pelo estado do Paraná, sediados em escolas parceiras do projeto.
O professor José Carlos Eidam, coordenador do projeto, destaca que a parceria e envolvimento dos colégios é fundamental para que a olimpíada aconteça. Neste ano, foram cerca de 20 mil participantes de mais de 40 cidades do Paraná.
“Nós temos algumas escolas que frequentemente participam, porque já tem essa cultura. Mas nesse ano a gente sentiu uma afluência de escolas, tanto públicas quanto particulares, que não participavam antes e começaram a ver no evento uma oportunidade de incentivar os seus alunos e fazer com que a matemática, que é tão temida, passasse a ser um pouco mais amada por eles”.
A organização da olímpiada, além da aplicação e correção das provas, é toda realizada pelos membros do projeto, incluindo estudantes de graduação de vários cursos da UFPR. Paralelamente à OPRM, também é organizado o Polo Olímpico de Treinamento Intensivo (POTI/UFPR), que oferece treinamento matemático para alunos interessados em melhorar seu desempenho.
Luís Eduardo Gonçalves está no segundo período de Engenharia Mecânica e é um dos professores do projeto POTI. Ele afirma ser uma “experiência muito boa” ver os alunos se envolvendo e se desenvolvendo na matemática a partir dos treinamentos.
“É um projeto muito legal que os alunos da UFPR têm a oportunidade de saber como é estar do lado do professor. Aqui a gente pode também se aproximar do aluno, entender como são as dificuldades”, conta. “Então ter essa perspectiva de estar do outro lado da sala de aula é muito legal e agrega muito na nossa formação”.
O primeiro lugar do Nível 3 da Olimpíada Paranaense de Matemática ficou com Thiago Franco Fraga Basy, 15 anos, estudante do Colégio Elite que já participou da OPRM em outras edições e também do POTI. O jovem, que tem matemática como sua matéria favorita na escola e quer seguir carreira em alguma engenharia, diz que se preparou intensamente para a prova.
“É muito bacana participar da Olimpíada de Matemática, por causa dos problemas que não são convencionais ao ensino tradicional do colégio. Então são problemas que envolvem mais criatividade e um preparo muito mais intenso do que simplesmente estudar para uma prova da escola”.

A olimpíada também premiou 14 escolas cujos alunos tiveram bons resultados. Um dos destaques foi o Colégio Estadual Laranjeiras do Sul, com oito estudantes premiados. Eles compareceram ao evento sob a liderança da professora e pedagoga Marlisa Bernardi, que afirma estar com muito orgulho e com a sensação de dever cumprido pelo trabalho feito com os alunos.
“Eles se preparam para os estudos e é um grupo de estudos voluntários. A gente tira horas a mais dos professores e os alunos vêm com toda a boa vontade para se preparar. Afinal, essa é uma olimpíada que a gente considera bem difícil, com concorrentes bem além daquilo que a gente tem no dia a dia do colégio”, diz. “A base que todos os professores do colégio levam é a seguinte frase: ‘todos são capazes de aprender matemática’, e é assim que motivamos eles”.
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