Novo sistema de gestão acadêmica (Siga) está pronto para implantação em 84 cursos da UFPR

O Sistema de Gestão Acadêmica (Siga), substituto do Portal do Aluno e do Sistema de Informações para o Ensino (SIE), está em processo final de implantação por todos os cursos de graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em funcionamento desde 2019, a ferramenta passou por uma fase de testes com 12 cursos, dez de graduação e dois técnicos, que a avaliariam e recomendaram ajustes e modificações. Os demais cursos farão a migração à medida que seus representantes passarem pelo treinamento.

A plataforma já vem sendo utilizada, desde 2014, pelos cursos de pós-graduação. Segundo Rafaela Mantovani, chefe da Coordenação de Sistemas de Informação para Gestão Acadêmica (Cosis) da Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd), com o tempo o Siga foi agregando outros módulos que contemplam informações acadêmicas importantes como as pesquisas realizadas na universidade e as atividades de extensão, incluídas neste mês após a inativação do Sistema Integrado de Gestão da Extensão Universitária (Sigeu).

“Com o controle acadêmico realizado pelo Siga, temos a vantagem de oferecer, em um sistema só, um banco de dados integrado com todas as informações de ensino, pesquisa e extensão da universidade. Isso possibilita a extração de indicadores muito seguros das atividades dos estudantes e dos professores e das ações realizadas por departamentos e setores”, explica Rafaela, complementando que a nova ferramenta é mais moderna e opera com tecnologia web, podendo ser acessada por meio da internet, ao contrário do antigo sistema que precisava ser instalado nos computadores.

Além do perfil dos estudantes vinculados à UFPR, a ferramenta permite alimentar o portal do egresso, que oferece acesso à trajetória profissional de ex-alunos da instituição, mostrando quantos formandos têm carteira assinada e quantos seguiram na área acadêmica, por exemplo. “Dessa forma conseguimos dar um retorno para a sociedade sobre o trabalho feito pela universidade e saber o quanto os cursos estão sendo efetivos em suas propostas. Esse retorno também é importante para pensar em novos cursos ou na reformulação dos existentes para atender o mercado”, aponta a coordenadora.

Migração

A migração dos dados dos sistemas antigos é feita de forma automática para o Siga, que importa currículos de turmas ofertadas, dados de estudantes, históricos escolares, entre outras informações. “Adotamos a estratégia de fazer o treinamento com as coordenações e com os departamentos e, à medida que os responsáveis realizem o treinamento e entendam os procedimentos no sistema, fazemos a migração automática e as coordenações já podem iniciar a utilização da nova plataforma”, conta Rafaela.

Nos treinamentos, são apresentados os procedimentos operacionais e há acompanhamento da utilização do sistema por parte dos interessados. Participam secretários de coordenações de cursos, representantes de departamentos, coordenadores de cursos e chefes de departamentos, mas qualquer pessoa da comunidade interna que tiver interesse em conhecer o Siga também pode participar. As seis turmas atuais, com 30 vagas cada, estão lotadas, porém a Cosiga ofertará novas vagas em breve.

Experiência

Junto com os técnicos em Petróleo e Gás e Agente Comunitário de Saúde; com os bacharelados em Engenharia Civil e Farmácia; e com os tecnólogos em Luteria, Secretariado, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão da Qualidade, Produção Cênica, Gestão Pública e Negócio Imobiliários, o também tecnólogo em Comunicação Institucional foi um dos selecionados para participar da fase de testes do Siga.

Para a coordenadora do curso, Ana Carolina de Araújo Silva, a migração para o Siga Graduação foi uma das melhores novidades em termos de administração acadêmica nos últimos anos. “O sistema é intuitivo, claro e fácil de mexer. Conseguimos extrair dele relatórios muito interessantes tanto para podermos tomar ações na administração do curso, quanto para auxiliar os alunos. É possível, por exemplo, fazer uma análise da vida acadêmica do estudante para verificar medidas que precisam ser tomadas”.

Outro ponto positivo, segundo Ana, é a facilidade de comunicação entre curso, secretaria e alunos. “Por meio da ferramenta recebemos solicitações recorrentes, como a de histórico escolar”. Ela destaca que os treinamentos foram essenciais para a familiarização com o sistema e pela possibilidade de apontar eventuais falhas antes da migração efetiva.

A atribuição de disciplinas é mais um aspecto a ser destacado e, para Ana, os alunos também serão beneficiados. “Eles conseguem visualizar seus horários distribuídos em dias da semana; fazem sua própria matrícula e podem organizar as disciplinas da melhor forma”. A migração para os 84 cursos restantes acontecerá de forma gradual, em consonância com os treinamentos oferecidos.

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