Acompanhe a série de perfis dos homenageados na celebração dos 105 anos da Universidade Federal do Paraná
Com apenas 19 anos de idade, o jovem Wellingthon Felipe Santos, estudante do terceiro ano de Educação Física, já se destaca por um papel importante na Universidade Federal do Paraná: a disseminação da prática esportiva. Treinador da equipe masculina de basquete da universidade, ele ajudou a classificar o grupo para os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e, na comemoração dos 105 anos da UFPR, foi escolhido para receber uma homenagem representando todos os alunos e servidores que se dedicam ao esporte.
Além de promover integração, inclusão e benefícios à saúde, o esporte repercute diretamente na permanência estudantil, auxiliando na formação de muitos alunos. Para Wellingthon, a prática esportiva começou por volta dos 10 anos, quando começou a jogar futebol. Mas foi com sua entrada no Colégio Estadual do Paraná (CEP) que o talento foi confirmado.
Com 1,91 metro de altura, foi fácil chamar a atenção do treinador de basquete do CEP, que o convidou para fazer parte da modalidade que, a partir dali, teria toda sua dedicação. “Eu comecei a jogar basquete com 14 anos de idade, no colégio. De lá, fui visto e chamado para atuar em clubes e ingressei no clube do Círculo Militar. Foi assim que joguei campeonatos estaduais e sul-americanos, mas foi na UFPR que verdadeiramente passei a jogar em competições de nível mais alto”, conta.
Vindo de uma família que não teve acesso ao ensino superior, Wellingthon também não almejava cursar uma faculdade. Porém sua paixão pelo esporte e os conselhos de colegas fizeram com que ele tomasse um rumo diferente do planejado. Em 2016, o jovem ingressou em Educação Física na UFPR e, em seguida, já foi aprovado na seletiva para o time de basquete. Após alguns jogos pela equipe, no ano seguinte, o atleta assumiu a grande responsabilidade de ser treinador de um grupo que pouco tempo antes havia subido para a primeira divisão do campeonato brasileiro.
“Quando entrei no grupo, fazia cerca de dez anos que a UFPR não ganhava o campeonato paranaense de basquete. A meta sempre é melhorar, porém como na competição brasileira enfrentamos equipes de ponta, que jogam inclusive a liga profissional, foi um campeonato mais difícil. A equipe era nova e sem experiência e, mesmo assim, tivemos uma boa participação”, avalia.
O estudante comenta que manteve a visão de jogo do treinador anterior, pois era algo que já dava certo: “Os atletas da equipe jogam juntos há muitos anos e os calouros que entram vêm sempre agregando qualidade à equipe. É um grupo bem formado”.
Trabalho voluntário
Além da sua dedicação à equipe da UFPR, Wellingthon atua como auxiliar técnico no time de basquete do Colégio Estadual do Paraná, lugar onde descobriu sua vocação. Seu trabalho voluntário faz parte de um projeto de iniciação científica que desenvolve na universidade, cujo objetivo é trabalhar com categorias de base do esporte.
“No colégio eu trabalho com crianças de 12, 13 e 14 anos. O professor me convidou para passar um pouco da minha experiência para as crianças. A coordenadora de esportes gostou da minha participação e me convidou a auxiliar o professor. Eu pretendo ajudar esses alunos a ter o que tive, pois tudo o que conquistei até agora foi por meio do basquete”, afirma.
O futuro educador físico acredita que a experiência do esporte na infância é muito importante, mesmo para quem não sonha em ser atleta. “A experiência motora, o convívio social, a ética, tudo isso é importante. E, com relação ao esporte, começar antes faz muita diferença. Mas, de qualquer forma, nunca é tarde pra iniciar”, explica. Ele lembra que a UFPR oferece diversas oportunidades para a prática esportiva e cita as equipes das Atléticas, que estão sempre dispostas a ensinar os interessados.
Futuro
Para o futuro, Wellingthon enxerga dois caminhos que pode seguir: trabalhar basquete nas equipes de base ou continuar no meio acadêmico e se tornar professor da universidade. “Vejo que no Brasil a área do basquete é pouco elaborada e um campo cheio de oportunidades”.
O garoto que nem sonhava em ingressar no ensino superior hoje deseja mudar a vida das próximas gerações. “Tanto o CEP quando a UFPR transformaram meu destino. Os professores, a estrutura e a vivência, tudo isso mudou meu modo de enxergar a vida e de pensar”, finaliza.
Por Jéssica Tokarski
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