Para dois estudantes de Fisioterapia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a graduação chega ao fim de forma antecipada, nesta segunda-feira (25). A colação de grau é possível devido à autorização do Governo Federal (por meio de portaria do Ministério da Educação e de Medida Provisória) para formatura de estudantes da área da saúde (Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia) que realizarem 75% do período de internato médico ou de estágio supervisionado. A medida vale durante a pandemia de Covid-19 e já possibilitou a colação de 92 estudantes de medicina, no início do mês.
O estudante Ruan Michalouski concluiu 700 das 800 horas de estágio. Mesmo sem a solenidade presencial, como esperado, ele acredita que poderá contribuir na luta contra o coronavírus, uma vez que o fisioterapeuta tem o manejo técnico para recuperação respiratória do paciente. “Além de definirmos os parâmetros da ventilação mecânica, precisamos ter a sensibilidade para conscientizar as pessoas para que fiquem em casa“, ressalta.
Iara Penteado já havia concluído seu estágio supervisionado, mas estaria vinculada à disciplina até o final do semestre letivo. Por estar no grupo de risco e cuidar dos pais idosos, ela não pode atuar no momento no combate ao coronavírus. Porém, se sente preparada para trabalhar na atuação básica da saúde, assim que possível. Em sua opinião, a fisioterapia é importante no contexto atual por conta de sua atenção à saúde integral. “O trabalho do fisioterapeuta é fundamental não só no acompanhamento das ações ventilatórias, mas para dar um conforto integral ao paciente que fica muito tempo acamado”, pontua a formanda.
Outorga de Grau remota
Os dois estudantes se juntam a outros 14 que se formaram neste mês, também de forma remota, mas que tinham o currículo integralizado. Os formandos acessam o sistema de gestão de processos eletrônicos da universidade, assistem ao vídeo do reitor lhes outorgando o grau, leem e assinam os documentos necessários – termo de aceite, juramento e ata de colação. Com isso, estarão formados e aptos a ingressar no mercado de trabalho.
De acordo com a coordenadora do curso, professora Ana Marcia Delattre Zocolotti, a formação destes profissionais reforça a participação da Fisioterapia durante e após a pandemia. “Temos consciência que formamos profissionais plenamente capacitados. Muitos dos nossos alunos já estão em residência no HC e em outros hospitais, atuando na terapia intensiva, com formação integral e capacidade de trabalho”, conclui.
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