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Lerner aponta transporte de superfície como o mais eficaz

09 novembro, 2011
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“O futuro das cidades está na superfície”. Essa é frase que resume a apresentação do ex-governador Jaime Lerner no V Seminário de Tecnologias Estratégicas Brasil-Itália, nesta quarta-feira (09), no auditório do Cietep, em Curitiba. O evento, realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPR chega ao seu terceiro e último dia com um saldo de discussões aprofundadas sobre questões que envolvem tecnologia energética e desenvolvimento das cidades.

Lerner foi recebido pelo reitor Zaki Akel Sobrinho, que salientou o fato do arquiteto e urbanista ser ex-professor da UFPR. Logo de início, o palestrante apontou os três problemas essenciais que estão postos para as cidades do futuro: mobilidade, sustentabilidade e sociodiversidade, esta no sentido da convivência e coexistência. “Não se pode separar as pessoas em guetos, nem separar a área de trabalho da de moradia. Cidade é movimento”, explicou.

Apresentando dados estatísticos, Lerner apontou que os transportes de superfície são muito mais eficazes nas grandes cidades. “Em Curitiba, nossos ônibus transportam dois milhões e meio de pessoas por dia. Em Londres, uma cidade muito maior, o metrô transporta três milhões ao dia. Isso demonstra que nosso sistema tem mais capacidade de evoluir”, disse criticando os planos de implantação do metrô de Curitiba, um projeto, na opinião do urbanista, caro e ineficaz.

Para a plateia lotada, Lerner apresentou a evolução do seu projeto de transporte público individual, um minicarro que está no sexto protótipo. O modelo já foi levado a exposições em várias cidades. “Gostaria que Curitiba fosse a primeira a utilizar esse conceito de transporte”, salientou, lembrando que hoje cerca de 120 cidades do mundo (incluindo a gigante cidade do México) utilizam o sistema de transporte público de Curitiba, com base nos ônibus com pista exclusiva, embarque rápido e alta frequência. Um sucesso que ele se orgulha de ter implantado na cidade.

ENERGIA ELÉTRICA

A energia do novo século para as cidades foi outro tema discutido hoje no evento. José Mário Moraes e Silva, do Lactec, ressaltou que o futuro energético estará na energia solar e no aproveitamento do lixo para a geração da eletricidade. Para isso, porém, serão necessárias soluções de regulamentação, de mercado e tecnológicas.

O diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek lembrou que o Brasil está numa posição favorável, já que quase 50% da matriz elétrica brasileira é renovável, com base em hidráulica e biomassa. Além disso, cerca de 98% da rede de energia é integrada, favorecendo a distribuição a todos os estados do país.

O Seminário termina na tarde desta quarta-feira, após uma rodada de negócios.

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Jaime Lerner
Foto: Divulgação

Fonte: Simone Meirelles

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