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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Junto com especialistas de diversos países, UFPR/ITTI debate uso sustentável da hidrovia do rio Paraguai

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, que atuam no Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), participou do Fórum “Rumos da Hidrovia: ações para o desenvolvimento sustentável do transporte no Rio Paraguai”, promovido pelo Comando do 6º Distrito Naval e a Sociedade Amigos da Marinha (Soamar), em Corumbá, com o objetivo de debater o transporte de cargas pela hidrovia do rio Paraguai pelo Brasil e demais países da América do Sul.

Os professores do Departamento de Transportes da UFPR, Eduardo Ratton e José Geraldo Maderna Leite, que fazem parte do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai, que está sendo elaborado pela Universidade em cooperação com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), expôs aos participantes o andamento do estudo como questões de hidráulica, passos críticos, canal de navegação e dragagem, projeções e perspectivas de logística e economia da hidrovia.

O Fórum reuniu diversas autoridades dos setores público e privado, como Ministério das Relações Exteriores (MRE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso (Famato), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul), Comisión Permanente de Transporte de la Cuenca del Plata (CPTCP) e Federação Nacional dos Trabalhadores no Transporte Aquaviário (FNTTAA) e prefeitos de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho.

De acordo com Ratton, que coordena o EVTEA da hidrovia do rio Paraguai, entre as principais conclusões do Fórum estão a necessidade imediata do uso da hidrovia para o transporte de cargas agrícolas, como soja e milho, a necessidade de adaptação das barcaças para os novos tipos de cargas, a desburocratização dos processos para concessão de licença para transporte (exportação), viabilidade de novos terminais por meio de incentivos (Cáceres, São Antônio das Lendas e Barranco Vermelho) e a internalização de alguns protocolos pelos países signatários do Acordo da Hidrovia Paraguai – Paraná.

No evento ainda foi discutida a reativação do terminal portuário de Porto Murtinho após a assinatura de um decreto que regulamentou o incentivo fiscal para a atividade portuária de exportação e que deverá incrementar a economia da região.

“A discussão foi muito ampla, compreendeu vários atores interessados e todos os participantes concordaram sobre a importância econômica da Hidrovia e a urgência de viabilizar o seu uso de forma sustentável. Espera-se que no início de 2016 algumas iniciativas já sejam colocadas em prática”, comenta Ratton.

Por sugestão da equipe da UFPR/ITTI, deverão ser realizadas reuniões periódicas de acompanhamento para consolidar as soluções encontradas para o transporte hidroviário no Rio Paraguai.

Cinco Bacia

Paralelo ao evento, a equipe da UFPR/ITTI se reuniu com aquaviários da Cinco Bacia (Companhia Interamericana de Navegação e Comércio), em Ladário, para ouvir as observações dos representantes da empresa quanto ao transporte de cargas na Hidrovia do Rio Paraguai. O coordenador do EVTEA ainda apresentou os principais pontos do Estudo para a equipe, que opera em logística e serviços hidroviários para grandes empresas.

EVTEA

A Universidade é responsável pela elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Rio Paraguai em cooperação com o Dnit, que está sendo realizado por uma equipe multidisciplinar.

O EVTEA foi relacionado recentemente ao Projeto de Decreto Legislativo 118/15, que autoriza o aproveitamento dos recursos hídricos da hidrovia do Rio Paraguai, entre a foz do rio Apa (MS) e a cidade de Cáceres (MT), de autoria do deputado Adilton Sachetti (PSB-MT), aprovado dia 25 de novembro pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara Federal.
O projeto condiciona esse aproveitamento à realização prévia dos EVTEA, dos projetos de engenharia e dos demais estudos ambientais.

Por Assessoria de Comunicação do UFPR/ITTI

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