Alunos do curso de Luteria da Universidade Federal do Paraná apresentaram, nesta sexta-feira (28), no auditório do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT), instrumentos produzidos por eles mesmos. De clássicos violões a instrumentos inovadores, os alunos ainda puderam ter seus instrumentos testados por músicos profissionais convidados.
Os estudantes que participaram do projeto estão prestes a se formar e o objetivo desse trabalho é unir todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso para desenvolver um instrumento que se aproxime de sua área de preferência, deixando-os mais livres desde a idealização até a execução, sempre com orientação dos professores. “A ideia é soltar um pouco os alunos depois que eles atingem certo nível de conhecimento, dar liberdade mesmo, para que eles desenvolvam algo deles”, explica Leandro Mombach, professor do curso e autor do projeto que originou o curso de Luteria.
Outro propósito da apresentação no SEPT era aproximar os músicos profissionais dos alunos. Um dos convidados foi o curitibano Rogério Gulin, que tocou as duas violas caipiras produzidas, instrumento no qual ele é autodidata e especialista. “É uma honra participar dessa formação. Isso de fazer um instrumento diferente e arriscar é muito bacana”, diz.
Uma das violas tocadas por Gulin foi produzida por Rômulo de Almeida. O aluno, do interior de Minas Gerais e apaixonado por viola caipira, desenvolveu um instrumento que alia o visual clássico da viola, mas com ajustes, como uma abertura superior para melhor propagação do som e uma adaptação no corpo do instrumento para deixá-lo mais confortável. “Eu aproveitei essa liberdade e pensei em algo que pudesse aliar a tradição caipira, que faz parte da minha realidade, a características mais modernas”, explica.
Criatividade
Os instrumentos desenvolvidos chamam a atenção por sua criatividade, tanto estética quanto em relação à sonoridade e funcionalidade. Dagoberto Koutton, aluno do sexto período do curso, por exemplo, desenvolveu o que ele chama de “monstrolão” – uma espécie de violão com oito cordas, sendo que três delas são de baixo. Essa modificação altera a sonoridade do instrumento, que fica com um timbre mais grave.
Além disso, há o prazer de ver o trabalho finalizado com qualidade. “É muito legal e satisfatório para nós terminarmos um instrumento. Hoje, em especial, é um dia único porque vimos eles sendo tocados por profissionais”, explica Dagoberto.
E é importante ressaltar que a qualidade dos equipamentos é muito superior quando comparada àqueles produzidos em larga escala, devido ao grau de dedicação disposta na produção das peças e ao fato do material ser minuciosamente escolhido.
Por Kaleb Ferreira (sob orientação de Jaqueline Carrara)
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