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Hipertensão Arterial ainda é uma das doenças que mais atinge os brasileiros

29 julho, 2006
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Na maioria dos casos sem nenhum sintoma de aviso, a Hipertensão Arterial ainda é um motivo de grande preocupação entre os profissionais da saúde de todo o mundo. Isso porque não se morre exatamente por causa da doença, mas devido a complicações decorrentes dela como o derrame, o infarto do miocárdio, a insuficiência renal, assim como a progressão de outros problemas gerados pela pressão alta como a isquemia – falta de irrigação sangüínea – nos membros inferiores e a perda da visão.

Como ocorre com todas as demais enfermidades, a prevenção ainda é o melhor remédio. O único jeito de detectar a Hipertensão Arterial é fazendo a medição da pressão sangüínea em prazos de seis meses a um ano, principalmente no caso das pessoas que têm histórico familiar ou ainda histórico pessoal. “Quem tem na família casos de doenças cardíacas ou doenças neurológicas, como o derrame ou o ataque isquêmico transitório não pode deixar de fazer esse controle”, explica o diretor do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, Rogério Mulinari. “O mesmo acontece com os obesos, diabéticos, idosos e pessoas com distúrbios do colesterol. Isso porque as doenças cardiovasculares como um todo respondem por um terço de todas as causas de mortalidade no Brasil, matando, hoje em dia, muito mais que as doenças infecto contagiosas.”

Alguns números – Segundo Mulinari, números levantados pela SBH – Sociedade Brasileira de Hipertensão indicam uma prevalência média da doença no país entre 22% e 44% da população geral, dependendo da região. Os índices diferentes por regiões são decorrentes de problemas como o estresse, a composição étnica – os negros costumam ter pressão mais elevada – e principalmente o tipo de trabalho. “Um estudo realizado ainda na década de 80 pela Escola Paulista de Medicina indicava que jornalistas e publicitários, por exemplo, eram os profissionais que apresentavam maior prevalência de Hipertensão Arterial, seguidos pelos trabalhadores do transporte coletivo”, comenta o professor da UFPR. “Hoje o que se vê é que até as crianças podem apresentar a doença seja porque nasceram com baixo peso ou porque são filhos de pais hipertensos.”

A Hipertensão Arterial não tem cura, mas tem tratamento que deve ser contínuo. O problema, segundo Mulinari, é a falta de informação que faz com que as pessoas só procurem pelos serviços de saúde quando já estão sofrendo com as outras doenças trazidas pela pressão alta. A grande vantagem é que atualmente existem medicamentos com um perfil muito baixo de efeitos colaterais. Também há uma forte tendência voltada ao uso de dois ou mais medicamentos combinados de forma a diminuir as doses e também os possíveis efeitos indesejados.

Outra forte tendência é a da integração entre os diferentes profissionais capacitados para lidar com o problema. “Não é só mais um problema médico, mas um problema que envolve enfermeiros, nutricionistas, profissionais de educação física, psicólogos, cientistas de ciências básicas e gestores de sistemas de saúde”, explica o diretor do Setor de Ciências da Saúde da UFPR.

Congresso em Curitiba – Justamente para discutir essa necessidade de integração entre os diferentes profissionais, bem como os casos e as novas formas de tratamento, que será realizado em Curitiba, entre os dias 3 e 5 de agosto, o “XIV Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão”, organizado pela SBH e pela UFPR em conjunto com diversos outros parceiros do setor.

No Estação Embratel Convention Center, serão realizadas várias sessões interativas com especialistas no assunto, conferências, mesas-redondas e simpósios. “Devemos receber mais de mil participantes de todo o Brasil para acompanhar o trabalho de mais de 100 palestrantes de renome nacional e internacional”, diz Mulinari.

Serviço:

O que – XIV Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Quando – 3 a 5 de Agosto

Onde – Estação Embratel Convention Center

Programação e informações – www.sbh.org.br/sbh2006

Contato na UFPR – Dr. Rogério Mulinari – Setor de Ciências da Saúde – fones: 3360-7234 e 3360-7220.

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Rogério Molinari
Foto: Isabel Leviski

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Fonte: Vivian de Albuquerque

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