O Portal da UFPR apresenta, durante os quatro dias do evento, oportunidades profissionais por área de interesse ofertadas pela UFPR, universidade pública, gratuita e de qualidade. Começamos com as profissões ligadas à agropecuária. Para acompanhar a série, clique aqui
Se você se interessa por natureza, animais e sustentabilidade, o Universo UFPR 2025 está cheio de opções para você. O evento, que teve início nesta quinta-feira (22) e segue até domingo (25), em Curitiba, reúne mais de cem cursos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). As graduações ligadas à agropecuária e ao meio ambiente estão com estandes repletos de maquetes, mudas, drones e muita conversa sobre o futuro da área.
A boa notícia para aqueles que têm dúvida sobre qual profissão seguir é que há opções bem variadas, tanto para quem prefere atuar diretamente no campo, quanto para aqueles que desejam trabalhar em laboratórios ou, até mesmo, em escritórios.
A seguir, um giro por seis cursos com tudo a ver com bichos e plantas.
O curso de Agronomia vai muito além do campo, envolvendo clima, drones, insetos, sementes, máquinas, geotecnologia e até possibilidades de trabalho remoto.
“Muita gente entende Agronomia só como solo e mecanização, mas tem muito mais: tratores, laboratórios, geoprocessamento, hidráulica e clima. É possível, inclusive, trabalhar em home office, a depender da área”, explica Isadora Stelle, estudante do terceiro período de Agronomia em Curitiba.
“Eu trabalho com fisiologia de plantas e química dos solos. Mas a formação também tem oportunidades no campo de gestão, laboratório de sementes e análises. É bastante amplo”, completa o técnico de laboratório que atua no curso de Agronomia em Palotina, Joelmir dos Santos.
E para quem está de olho nesse mundo, como o estudante do terceiro ano do ensino médio, Kawan Melo, de 17 anos, o que atrai é a vida no campo. “Sempre gostei de animais, de mexer com bicho. Agronomia, veterinária e zootecnia estão entre minhas opções.”
Cuidar de animais é um desejo comum de muitos jovens. Mas a Medicina Veterinária vai muito além dos cães e gatos, como explica o discente do 8º período, João Valdir Pereira.
“Tem clínica, sim, mas também tem vigilância sanitária, reprodução, saúde pública, laboratórios de alimentos. Eu, particularmente, gosto muito da parte de doenças infecciosas, em que a gente analisa amostras de tecido, de sangue, de urina para entender as bactérias que afetam os animais e investigar quais medicamentos ajudam nesse processo.”
Já Julia Christina Koehler, que cursa o 3º período de Medicina Veterinária na UFPR Palotina, destaca a variedade de rumos possíveis, salientando a ênfase em animais silvestres que o campus oferece.
“Lá temos um foco maior em animais silvestres. Na cidade, muita gente vai para o ramo de aves e peixes, mas eu quero trabalhar com grandes animais, pois fui criada no sítio”.
Chamado de “Floresta” pelos íntimos, o curso forma engenheiros que entendem de conservação, produção de madeira e energias renováveis.
Os egressos saem da universidade especializados para atuarem na produção florestal, criando e manejando florestas; mas também na indústria florestal, desenvolvendo e produzindo produtos florestais, de madeira cultivada a papel.
Tradicional no Paraná, essa profissão ganhou relevância mais recentemente nas áreas de energias renováveis (uso da biomassa residual), manejo de áreas de preservação ambiental (queimada controlada) e sistemas integrados com agropecuária (agroflorestas e silvicultura).
A caloura Maria Rita de Almeida está animada com as descobertas. “Entrei pensando em conservação e reflorestamento, mas me encantei com a entomologia, principalmente com as abelhas. A gente estuda muito sobre biologia e zoologia e eu estou gostando muito.”
Se a palavra é tecnologia, o curso de Engenharia Agrícola em Jandaia do Sul, criado em 2013, é o que mais brilha os olhos de quem gosta de máquinas, drones e inovação. Carlos Henrique Ferreira, estudante do 9º período, conta que o curso está em sintonia com os avanços tecnológicos.
“Com drones, conseguimos pulverizar, planejar o plantio, reduzir perdas na colheita, tudo a partir de computadores e tablets. É um mercado em crescimento, com muita inovação”. Segundo ele, o maior problema é que há uma defasagem muito alta de profissionais, pois são poucos cursos no Brasil e a área de agricultura cresce cada vez mais, demandando fortemente o setor tecnológico.
Engenheiros agrícolas são os gestores da tecnologia empregada nos processos agropecuários — por exemplo, as do maquinário e as do armazenamento de produtos. Essa é a diferença em relação ao engenheiro agrônomo, que é um especialista em cultivo do solo, em produção vegetal e animal.
Assim, a estrutura para formação do engenheiro agrícola na UFPR é composta de núcleos com interseção notável com ciências exatas. Inclui laboratórios de geotecnologias, dados, hidráulica, instalações elétricas e automação, protótipos e mecanização agrícola, física do solo, entre outros.
Na UFPR Litoral, Tecnologia em Agroecologia mostra que é possível produzir respeitando o planeta. O curso forma tecnólogos capazes de atuar no campo, planejando e implementando projetos de agroecologia junto a populações rurais, e até em área urbana, visto que ambientes agroecológicos estão em alta também no planejamento urbano e regional.
“A agroecologia é o caminho para termos comida boa, saudável e limpa mesmo diante das mudanças climáticas. Atuamos nesse contexto de produção de alimentos com a intenção de cuidar das pessoas e do planeta e não só da venda. Trabalhamos com produção, educação do campo, economia e sustentabilidade”, resume a coordenadora Ana Cristina Pires.
De acordo com a professora, os egressos atuam com projetos urbanos e rurais, assistência técnica e até docência.
Completando 25 anos na UFPR, o curso de Zootecnia forma profissionais focados na criação racional e sustentável de animais. O coordenador Rafael Prado explica que o zootecnista está presente em toda a cadeia produtiva:
“Trabalhamos com nutrição, manejo, melhoramento genético. Os profissionais têm um leque amplo de atuação com bovinos, aves, suínos, mas também em zoológicos, startups de agro, fábricas de ração, e até na produção de seda.”
As matérias bases da formação são biologia, química e matemática. O aluno que ingressar na área vai estudar tanto os animais quanto as plantas, já que elas fazem parte do ambiente do animal e são a comida de muitos animais. Na parte de matemática, cálculos são utilizados para formulação de ração, dimensionamento de galpões e nos aspectos econômicos e financeiros.
Prado reforça a diferença do curso em relação à veterinária: “O veterinário foca em diagnóstico e tratamento de doenças, enquanto o zootecnista pensa na produção como um todo, no conforto e bem-estar do animal para que ele atinja seu potencial”.
O bem-estar animal é uma linha de pesquisa consolidada na UFPR, que levou a um prêmio Capes de Tese em 2024 em modelo agroecológico para a produção de leite. Outra atividade de destaque é a recuperação da raça crioula porco Moura para pecuária de corte.
Na Universo UFPR 2025, os cursos dessa área mostram que se trata de um campo vasto, essencial e cheio de possibilidades. Seja na fazenda, na floresta, no laboratório ou no desenvolvimento de tecnologias, esses cursos são destinados a quem gosta de bicho, planta, ciência, inovação e, claro, natureza.
Ao longo do evento, os visitantes podem observar desde coleções de insetos e plantas, até silos em miniatura, sementes, ferramentas de campo e tecnologias de ponta. Se esse é o seu mundo, aproveite o Universo UFPR e descubra onde você pode crescer.
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