A Universidade Federal do Paraná realizou, nesta quinta-feira (6), o Fórum Institucional para comemoração dos cinco anos do Programa Mais Médicos no Paraná. O evento reuniu professores, autoridades da área da saúde e profissionais de diversas cidades do estado.
O docente Francisco Carlos Mouzinho de Oliveira, tutor principal do Mais Médicos no Paraná, explicou que a proposta é demonstrar a relevância do programa para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a UFPR. “Nos consolidamos como única instituição de ensino superior responsável pela supervisão acadêmica de médicos no estado. Entre os vários impactos do programa estão o aumento da formação de médicos na especialidade de Família e Comunidade”, apontou.
“Desde o início do programa tivemos a mobilização da universidade, a abertura do curso de Medicina no campus Toledo e o recebimento de vagas para docentes. Além disso, há o envolvimento de professores nas atividades de supervisão e a presença de médicos do programa na universidade”, disse o vice-coordenador do curso de Medicina da UFPR, professor Ipojucan Calixto Fraiz. “Esse programa talvez seja a política pública mais impactante na discussão do SUS e do papel da atenção básica”.
O diretor da 2ª Regional de Saúde do Paraná, Guilherme Granziani, ressaltou a importância do Mais Médicos para o Paraná. “Temos 313 municípios que aderiram ao programa e, com isso, houve um fortalecimento da atenção primária. Esse programa não pode deixar de existir, ele deve ser ampliado”.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Francisco de Assis Mendonça, parabenizou todos os envolvidos no programa. “O sucesso do Mais Médicos é pensar nas populações que tiveram acompanhamento e atendimento. É preciso continuidade, almejamos que o programa seja conduzido da melhor maneira para atender às necessidades da população”.
Também participaram do Fórum a apoiadora institucional do projeto Mais Médicos para o Brasil do Ministério da Educação, Marisa Silva; o representante do Ministério da Saúde, Cleverson Patrocínio; o representante da Organização Pan-Americana da Saúde, Mario Jesus Machin Diaz; e a representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Angela Pompeu.
Experiência Médica
A programação do Fórum apresentou experiências de profissionais e professores que atuam no Mais Médicos.
De acordo com o tutor do programa no estado, durante os primeiros cinco anos de trabalho, 50% dos médicos eram cubanos, 25% brasileiros e outros 25% intercambistas brasileiros formados no exterior ou estrangeiros. “Temos em torno de 900 profissionais atualmente. Há médicos russo, alemão e espanhol”, afrima Oliveira. A composição do quadro será alterada com a saída de Cuba do programa, anunciada no mês de novembro.
Formado na Argentina em 2012, o médico Augusto André Marcomini ingressou no primeiro ciclo do programa. “Participar do Mais Médicos foi e ainda é uma ótima experiência. O professor supervisor está sempre atento para nos auxiliar e criamos um vínculo com os pacientes”, conta Marcomini, que atua em uma unidade de saúde no município de Pinhais há cinco anos e revalidou o diploma no Brasil em 2015. “Antes do programa havia muita rotatividade e, para a saúde da família, é preciso ter continuidade. Assim o médico deixa de ser paliativo”.
“Tenho muito gratidão ao programa pelo que estou aprendendo, há profissionais de muita qualidade. Criei um forte vínculo com os pacientes, isso é fundamental para conseguir menos rotatividade”, diz o médico espanhol Luiz Antônio, especialista em Medicina de Família e Comunidade.
A médica Adrielle da Costa Calixto integra o programa desde março de 2017 no município de São José dos Pinhais. “A atenção primária no Brasil nunca teve incentivo para o profissional se fixar e buscar residência em Medicina de Família e Comunidade”. Apesar da avaliação positiva do programa, Adrielle aponta que ainda há muitos desafios. “O entorno do bairro da unidade em que trabalho abrange cerca de 35 mil habitantes e, cada médico atende, em média, o dobro da capacidade recomendada pelo Ministério da Saúde”, destaca.
Professores supervisores
A docente do curso de Medicina da UFPR, Josiane Maria A. Mouzinho de Oliveira, é supervisora do programa desde a implantação, em 2013. “Oferecemos para o médico o apoio acadêmico a partir das necessidades de cada profissional. Discutimos casos, resolvemos situações e levamos temas de Medicina de Família, pertinentes à atenção primária de saúde”.
“Por meio do programa, surgiu o Pró-Residência [Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas]. Por meio da supervisão acadêmica da UFPR, houve condições para que o Paraná tivesse incremento de vagas em especialidades básicas. Isso está contemplado pela lei do Mais Médicos”, avalia Josiane, coordenadora de uma das residências na capital.
Supervisora do programa há um ano, a médica de Família e Comunidade, Daiane Pazin, afirma que há uma carência de médicos brasileiros no nível da atenção primária. “Desde o início achei que o programa seria positivo. O que a gente vê é o profissional fixado como não havia antes e, por isso, o atendimento passou a ser mais resolutivo”.
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