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Ações para fixação de jovens doutores no Brasil é tema de debate na SBPC

A reunião anual da Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência e Tecnologia (SBPC), conta com nove reuniões preparatórias para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e inovação (CNCPI).

O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, coordena a primeira sessão nesta segunda-feira (24). Várias diretrizes a cerca das estruturas das instituições acadêmicas foram apresentadas, mas o principal foco foram os processos de formação de Pós-Graduação, em como manter esses profissionais formados no Brasil e atuar em diferentes setores da sociedade.

Com o tema: financiamento e estratégias na formação e fixação de doutores, o debate contou com a presença de Ana Maria Alvez Carneiro da Silva, pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (NEPP/Unicamp), Mercedes Maria da Cunha Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Olival Freire Junior, diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós- graduandos (ANPG).

“Eu acho que nós temos temos que nos preocupar em formar mais fixadores enquanto pesquisadores. A gente deve ter como meta essa estabilização do doutor como pesquisador e isso pode nos levar em certas direções”, pontua Olival Freire Junior, diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para Olival, uma das das soluções para esse cenário seria uma maior oferta de bolsas de produtividade e editais universais para esses profissionais já estabilizados no sistema, ofertando assim, um estimulo maior a esses profissionais para se estabilizar como pesquisador.

Fotos: Leonardo Bettinelli / UFPR

Mercedes Bustamante, presidente da Capes, comenta sobre a importância da retomada de investimento da ciência, tecnologia e educação no Brasil. “Nós vivemos hoje no Brasil uma retomada dos investimentos e essa sempre foi uma pauta importante pra SBPC, então retornar a SBPC nesse momento em que nós podemos voltar a discutir isso de uma forma ampla no Brasil é indiscutível e tivemos um debate amplo, com vários segmentos que vai nos permitir construir uma política mais sólida e que seja mais abrangente pro país também”.

“A gente precisa aproveitar aproveitar esse momento histórico pra justamente a gente investir, então é um momento justamente do Brasil crescer a sua titulação especialmente de doutores pra que a gente possa contribuir com o desenvolvimento nacional”, pontua Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós- graduandos (ANPG). Vinícius ainda acrescenta: “A gente vem sempre pautando a questão da valorização da nossa juventude pesquisadora porque hoje 90% da ciência produzida no Brasil é diretamente da mãos dos nossos graduando, nossos mestres e doutores”. Além disso, Vinícius também apresenta as dificuldades enfrentadas por mestres e doutores no país.

Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós- graduandos (ANPG). Foto: Leonardo Bettinelli / UFPR

A pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (NEPP/Unicamp), Ana Maria Alvez Carneiro da Silva, apresentou os resultados de uma pesquisa que mostra a visão dos brasileiros altamente qualificados que estão no exterior e que são chamados: diáspora científica. “A gente vai mostrar um pouco o que eles pensam sobre a ciência no Brasil, porque eles saíram do Brasil e quais as motivações, qual o perfil desses membros da diáspora e como eles tem cooperado do Brasil mesmo a partir do exterior, e sugestões de políticas públicas que podem levar o desenvolvimento da ciência no Brasil”.

Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (NEPP/Unicamp), Ana Maria Alvez Carneiro da Silva. Foto: Leonardo Bettinelli / UFPR

Um dos principais objetivos com o debate e o envolvimento dos representantes das principais agências brasileiras de apoio à ciência foi fazer uma sessão especial de debates para a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia. “A gente espera poder contribuir com subsídios para as políticas públicas, principalmente nesse momento de retomada da ciência que sofreu tanto nos últimos quatro anos ou até em um período maior”, acrescenta Ana Maria. Vale ressaltar que 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), está prevista para junho de 2024.

Ao longo do dia, várias programações foram realizadas, entre sessões presenciais, realizadas no campus Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e virtuais – transmitidas pelos canais da SBPC , da UFPR TV EVENTOS  e das demais entidades realizadoras.

A 75ª Reunião Anual da SBPC vai até o dia 29 de julho no Centro Politécnico da UFPR.

Confira a programação científica completa aqui.

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