Logo UFPR

UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

UFPR conclui projeto de testagem em massa; atendimento para comunidade interna é mantido

Há três anos vivíamos o período talvez mais turbulento e inseguro de nossas vidas. Se agora estamos num momento mais tranquilo em relação aos SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19 e que modificou e marcou a história da humanidade, é porque logo no início da pandemia uma legião de cientistas e pesquisadores se apresentou, algumas vezes superando seus temores pessoais, e assumiu com dedicação a tarefa de enfrentar o desafio de uma geração.

Quando a pandemia da Covid-19 se instalou, houve uma movimentação nacional e internacional de cientistas, a fim de combater a propagação do vírus. No Brasil, isso ocorreu principalmente nas universidades públicas. A UFPR não ficou para trás e no Setor de Ciências Biológicas (SCB), no Centro Politécnico, vários laboratórios e grupos de pesquisa se uniram para ajudar a sociedade com diversas iniciativas. Uma dessas, e talvez a de maior impacto, foi ofertar um serviço de testagem para a Covid-19, extremamente necessário no início da pandemia.

Muitos pesquisadores do SCB se dispuseram a ajudar, dada a experiência prévia de cada um em técnicas de Biologia Molecular. No entanto, para a realização dos exames de diagnóstico há uma regulamentação rígida. A lista de requisitos é longa e se inicia pelo laboratório com nível de biossegurança 2 (existem quatro níveis: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4), que é o adequado ao trabalho que envolve agentes de risco moderado para as pessoas e para o meio ambiente. Além disso, se faz necessário o registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e a licença da ANVISA. No SCB, o único laboratório que atende a estes requisitos é o Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade (LIGH), pois realiza exames moleculares para o cadastro nacional de doadores de medula óssea.

Assim, foram realizadas adaptações no laboratório para evitar a contaminação com aerossóis, uma vez que o SARS-CoV-2 é transmitido majoritariamente pelas vias aéreas. A técnica utilizada foi a RT-qPCR, método considerado padrão ouro para o diagnóstico de Covid-19, que tem por princípio detectar o material genético do vírus, permitindo avaliar se a pessoa está ou não na fase de transmissão ativa, ou seja, se está espalhando o vírus. Após o trabalho de organização e padronização de todas as etapas da rotina, o LIGH recebeu certificação para realizar exames de diagnóstico de SARS-CoV-2, emitida pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN). Finalmente, no dia 16 de julho de 2020, foi liberado o primeiro laudo de exame de detecção de SARS-CoV-2, abrindo o atendimento à comunidade interna.

Cientista lidando com as amostras coletadas no Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da UFPR (LIGH). Acervo do Departamento de Genética.

O objetivo principal do projeto foi o de identificar rapidamente as pessoas infectadas pelo chamado “novo coronavírus”, possibilitando o isolamento destes indivíduos como medida para evitar a propagação da doença.

Numa parceria com o Setor de Ciências da Saúde (SCS), com o Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT) e com a CASA-3 (Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Servidor) foi possível implantar um sistema de triagem de casos suspeitos e de coletas de amostras na comunidade da UFPR. As primeiras coletas ocorreram no campus Botânico, em sistema drive thru, com o apoio da equipe do SCS, que realizava a coleta de secreções nasofaríngeas através de swab nasal (cotonete estéril inserido pelo nariz). A equipe do professor Alexander Biondo (Setor de Ciências Agrárias) também contribuiu no processo de coleta, que logo se mostrou ser um importante gargalo pelo fato de exigir pessoal especializado e disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Para otimizar todo o processo, o professor Dieval Guizellini, do Setor de Educação Profissional Tecnológica, elaborou um algoritmo de triagem e seleção daqueles que realmente precisavam do exame e criou site de agendamento. O professor Edvaldo Trindade, diretor do Setor de Ciências Biológicas à época, conta que foi uma tarefa muito complexa organizar esta logística para triagem e coleta, que contou com grande apoio da direção do Setor de Saúde (pessoal da Farmácia Escola), da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PRA) e também da Reitoria.

Com o aumento da procura, uma equipe de duas ou três pessoas mostrou-se insuficiente para atender toda a demanda. A equipe científica do projeto buscou então pesquisas que apresentassem métodos alternativos e possibilitassem aumentar o número de coletas sem a necessidade de pessoal especializado. O resultado disso foi a padronização de um método de coleta de amostras de saliva dos pacientes, mais simples e barato que o método do swab, e que mostrou-se tão eficiente e com a mesma sensibilidade para a detecção do novo coronavírus. Além disso, outra vantagem é o fato do novo método se basear numa autocoleta, portanto, pouco invasivo, menos desconfortável e oferecendo menor risco de contaminação para a equipe.

Primeiro posto de coleta montado, ainda no Campus Botânico. Acervo do Departamento de Genética.

“Podíamos montar 15 postos de coleta, onde cada pessoa coletava a sua própria saliva pelo canudinho. Não precisávamos de um grande número de profissionais de saúde especializados e capacitados para fazer a coleta, como seria se estivéssemos fazendo por swab”, explica a professora Jaqueline Carvalho de Oliveira, uma das responsáveis pelo projeto. Assim, a mudança de método acarretou redução de custos e mudança de local e estrutura de atendimento, passando a acontecer no estacionamento do SCB.

Posto de coleta no estacionamento do Setor de Ciências Biológicas (SCB). Acervo do Departamento de Genética.

Feita a coleta das amostras, a execução dos exame era inicialmente manual, sem nenhuma automatização, já que não havia equipamentos para testagem em larga escala, o que limitava o número de testes diários. Com a chegada de um extrator automático de RNA viral, o resultado passou a ser entregue em até 48 horas e foi possível ampliar ainda mais os atendimentos. “A maioria dos resultados eram entregues antes de 24 horas. Até nos mutirões, com um grande número de amostras, nosso resultado sempre foi o mais rápido da cidade”, orgulha-se a professora Daniela Gradia, também uma das responsáveis pelo projeto. A partir de novembro de 2020, a UFPR passou a organizar mutirões para atender também a comunidade externa e pessoas assintomáticas. A equipe chegou a realizar 2 mil exames em um único dia.

Douglas Adamoski manuseando o robô que faz a extração automática de RNA viral das amostras. Acervo do Departamento de Genética.

No período, foram realizados exames para várias instituições, incluindo internos e funcionários do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (DEPEN), Polícia Militar, população de rua, comunidades isoladas e instituições públicas de ensino. O Hospital de Clínicas (HC) também foi atendido pelo projeto: a equipe de servidores do hospital, que precisava ser testada regularmente para garantir a segurança no local, era rotineiramente testada pelo serviço, uma vez que a alta demanda de pacientes na época, com muitos leitos extras e adaptados, impedia que os servidores fossem testados no próprio hospital.

Foram 13 mutirões realizados no Centro Politécnico voltados à comunidade da UFPR, além de outras atividades no HC e na Clínica Odontológica do Campus Botânico, com atividades também direcionadas aos colaboradores terceirizados da UFPR, alunos da Casa da Estudante Universitária de Curitiba e apoio à realização de atividades do NC-UFPR. Foram montados postos de coleta de saliva também nos campi de Palotina, Toledo, Litoral e Jandaia do Sul. As amostram eram enviadas a Curitiba via Central de Transportes da UFPR. Ao todo, foram realizados mais de 50 mil exames com 4.381 casos positivos.

A demanda variou, com momentos de picos na chegada de novas variantes. Mesmo com a diminuição da preocupação com a Covid-19 em 2022, a equipe continuou oferecendo os testes durante todo aquele ano. Em 2023, em razão da baixa procura, o serviço de diagnóstico em massa da UFPR foi encerrado no final de março. Porém, a equipe mantém o atendimento de um número menor de testes para diagnóstico de SARS-CoV-2 e Influenza, dentro de projeto de pesquisa para vigilância desses vírus.

Número de exames e casos positivados por mês. Gráfico por Juliana Barbosa.

Parcerias fundamentais

Muitas pessoas estiveram envolvidas nesse projeto. A força-tarefa contou com estagiários de graduação (Cibele Batina Rabelo, Guilherme Antonio Vendramin, Letícia Dalla Vechia Henschel, Nathalie Carla Cardoso, Thiago Nery de Menezes, Bruna Estelita Ruginsk de Vasconcelos Lima da Silva, Eliza Piccoli, Marcela Santa Clara Brito, Clayton Voidelo Machado e Camila Lais Gonçalves Ribeiro), residentes médicos veterinários (Luiz Fernando Cardoso Garcia, Altina Bruna de Souza Barbosa, Maiara Paifer e Diego Cândido de Abreu), uma voluntária (Anahi Chechia do Couto), bolsistas entre graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos (Beatriz Bocatte de Mattos, Bruna da Silva Soley, Carla Adriane Royer, Cristina Kaehler, Diego Candido de Abreu, Helyn Priscila de Oliveira Barddal, Madson Silveira de Melo, Rachel dos Santos de Sena de Vasconcelos, Priscila Ikeda, Carla Juliana Ribeiro Dolenga, Juliana Nogueira Maximiano, Rafaela Nasser Veiga, Vitor Alan Debacker, Jhonn Willian dos Santos , Mariana Satiko Pastore Saito, Felipe Matheus da Silva, Aline Chrystie de Freitas, Leticia Portela Pereira, Marco Steiner Sand, Yasmin Cristina Otto dos Santos, Hellen Abreu, Carolina Gracia Poitevin, Hilda Vanessa Poquioma Hernandez e Ryu Masaki), Técnicos Valter Antonio de Baura, Paulo Emílio Ferreira e Alvarenga, Ana Luiza Mattana, além dos docentes do Departamento de Genética, Jaqueline Carvalho de Oliveira, Douglas Adamoski, Daniela Fiori Gradia, Ana Claudia Bonatto e Roseli Wassen, do professor Dieval Guizelini (SEPT), dos diretores do SCB, Edvaldo da Silva Trindade, Emanuel Maltempi de Souza, Thales Ricardo Cipriani e Marcelo de Meira Santos Lima, e de uma grande quantidade de voluntários (professores, técnicos-administrativos, estudantes e terceirizados) que colaboraram nos mutirões. Um braço do projeto, coordenado pelo professor Dr. Alexander Welker Biondo, formado por estudantes voluntários, se deslocava para realizar coletas em grupos de vulnerabilidade social, como população carcerária, pessoas em situação de rua e indígenas.

O projeto contou ainda com o apoio das equipes do Casa 3 e do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde (Nepes) coordenado pela professora. Daiane Kloh, que fizeram o rastreamento e o monitoramento de integrantes da comunidade acadêmica infectados com o Sars-CoV-2 e até mesmo de pessoas que tiveram resultado negativo, mas que apresentavam sintomas compatíveis com os da Covid-19.

O professor Douglas Adamoski, Professor substituto na UFPR à época e atualmente pesquisador no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) em Campinas-SP, foi um dos personagens essenciais desse projeto. Além de participar das testagens em todas as fases, montou no laboratório as funções automatizadas para geração de laudos. Após a conferência dos resultados, os laudos eram inseridos no sistema, encerrando o trabalho manual. Desse ponto em diante, tudo era automatizado: o laudo e o atestado do médico seguiam para o e-mail das pessoas de forma automática, assim como as informações inseridas nas plataformas obrigatórias (Gal e Notifica). “Isso agilizou muito todo o trabalho e permitiu ampliar o número de atendimentos. Os grandes mutirões de coleta só foram possíveis com a automatização dos dados”, afirma a professora Ana Claudia Bonatto.

Mesmo sendo um período de grande incerteza e receio, com o acúmulo das atividades didáticas remotas e produção de material de divulgação científica, a força tarefa do SCB se mostrou uma excelente oportunidade de auxiliar e mostrar à sociedade o potencial do Setor e da UFPR e colaborar em emergências como a da Covid-19.” —- professor Douglas Adamoski

Além do LIGH, tiveram participação no projeto o Laboratório de Citogenética Humana e Oncogenética (LABCHO), também do Departamento de Genética, atuando na realização dos exames, e o Laboratório de Fixação Biológica de Nitrogênio, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, realizando a genotipagem de SARS-CoV-2 por sequenciamento. E a equipe do Laboratório de Virologia do HC, incluindo as Professoras Sonia Raboni e Meri Bordignon Nogueira, ajudou na padronização da testagem e continua fornecendo suporte.

Não menos importante foi a contribuição de vários grupos de pesquisa fornecendo ou emprestando materiais para a estruturação do laboratório: do Departamento de Zoologia veio o robô de pipetagem para montagem das placas, cedido pelo professor Walter Boerger; do Setor de Tecnologia (professor Sérgio Braga) por meio de um termociclador; da Farmacologia, um nobreak; entre outros. Alguns laboratórios contribuíram com materiais de consumo como luvas e tubos para coleta quando estes estavam em falta no mercado. Recebemos também doações de material (álcool em gel, luvas, máscaras etc.) de servidores e da população. A maior parte do financiamento dos testes foi realizada pela UFPR com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia para combate à Covid-19, do Projeto Rede de Laboratórios de Campanha (Rede Vírus/MCTI/FINEP) e da Rede Paranaense de Testagem (SETI-PR) para aquisição de material de consumo e EPIs. Recebemos ainda doação de kits de RT-qPCR para diagnóstico de Covid-19 do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).

A Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR (PROPLAN) teve participação fundamental no sucesso do projeto, disponibilizando bolsas de graduação e pós-doutorado. Num momento em que a pandemia tinha diminuído e, consequentemente, o número de voluntários também, “a Universidade entendeu que era importante manter a segurança, principalmente com o retorno das aulas. Foi criada uma comissão de enfrentamento da Covid-19 e, para o retorno das aulas presenciais, foram lançados alguns editais para ajudar nesse retorno seguro, como o da equipe que fez o aplicativo Check UFPR, o da equipe que analisava os espaços, entre outros”, exemplifica o professor Emanuel Maltempi, presidente da comissão de enfretamento da Covid-19 na instituição.

O projeto teve apoio constante da Reitoria da UFPR. Além disso, o Governo do Estado também deu suporte, custeando bolsas. Outros parceiros também contribuíram, incluindo grupos da Enfermagem, do Curso de Farmácia, da Pós-graduação em Bioinformática, da Odontologia, do Setor de Ciências da Saúde e dos quatro cursos do SCB (Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física e Fisioterapia).

Legado do projeto de testagem

Uma UFPR mais bem preparada, olhando sempre para a comunidade a fim de oferecer serviços de qualidade, com todo o rigor de laboratórios de diagnósticos. Uma UFPR ainda mais colaborativa internamente, com a união de vários grupos e compartilhamento de estruturas e equipamentos, fortalecendo-se conjuntamente. Uma UFPR ainda mais aberta a trocas de expertise e experiências entre instituições diversas, protagonista de grandes avanços científicos. São incalculáveis os legados deixados por esse projeto.

Fica também como importante legado a implementação do Laboratório NB-3 e do Biotério NB-3, possível, em partes, graças às parcerias e competências estabelecidas durante o desenvolvimento do projeto de coleta.

A atual Direção do Setor de Ciências Biológicas aponta que este foi o maior projeto de extensão que a UFPR já realizou (mesmo sem ter sido assim classificado), pois “impactou direta e extensivamente a comunidade paranaense no momento mais crítico da pandemia, graças ao desenvolvimento científico, capacidade de resposta, e pessoal altamente qualificado que só a universidade pública brasileira consegue mobilizar. Estamos orgulhosos dos resultados e sabemos que a população reconhece a relevância e impacto que produzimos”, diz professor Thales Cipriani.

Para o Reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, “esse programa de testagem que o Setor de Ciências Biológicas levou adiante durante boa parte do ciclo da pandemia, com o apoio da Reitoria, foi essencial para a nossa comunidade. Foi um exemplo de como as competências desse Setor são colocadas a serviço da ciência e também da saúde dos integrantes da família UFPR”.

O que esperar do Sars-Cov agora?

Essa é uma pergunta difícil de responder, porque já tivemos tantas surpresas… Já tínhamos programado a parada dos exames em dezembro de 2021, quando tivemos apenas um único caso positivo. No entanto, em janeiro surgiu a variante Ômicron e foi aquela explosão de casos”, lembra a professora Jaqueline. Ela alerta que precisamos manter a vigilância, pois nada garante que não aparecerão outras variantes que causem aumento de transmissão e que possam ser até mais graves. “Precisamos monitorar, acompanhar e estarmos preparados caso eventualmente venha a aparecer uma outra variante do Sars-Cov ou de outro vírus qualquer”, adverte.

Apesar de estarmos num momento de baixa procura por testes, ainda há casos positivos sendo diagnosticados. Em março, tiveram 22 casos. “Para manter a vigilância bem como as análises de variantes e a busca por novas variantes, pretendemos continuar com alguns testes dentro de projetos de pesquisa, liberando algumas vagas para a comunidade duas vezes por semana”, salienta a coordenadora do projeto.

Caminhos da pesquisa

O SCB deve inaugurar em breve o Laboratório NB-3, espaço controlado e periodicamente certificado, fundamental para testar propostas de tratamento e desenvolver vacinas. Por ter isolamento do ar em relação ao ambiente externo e vedação perfeita, nele será possível fazer cultura do vírus vivo, conseguindo multiplicá-lo a fim de estudar estratégias para exterminá-lo. “Fomos muito bem até o diagnóstico. Para o segundo passo, precisávamos dessa estratégia”, explica a professora Jaqueline. O NB-3 é um laboratório multiusuário, ou seja, poderá ser utilizado por qualquer pesquisador, inclusive de outras universidades e instituições, após passarem por um treinamento.

O trabalho de rastreamento deve continuar com foco nas análises de Covid e também de Influenza pela saliva, bem como na verificação de outros vírus respiratórios. “Estamos esperando um kit chegar para analisarmos um painel de 12 vírus respiratórios”. A estrutura desenvolvida nesse ciclo servirá também para diagnósticos moleculares associados, por exemplo, ao câncer. “Algumas análises genéticas são importantes para o médico diagnosticar melhor a doença e decidir qual o tipo de tratamento mais adequado para cada caso”, explica a professora Jaqueline.

Atendimento à população

O esquema de testagem em massa foi encerrado no dia 31 de março, mas manter a vigilância do vírus, variantes e subvariantes é necessário, por isso o atendimento à comunidade continua. Em casos de sintomas respiratórios, a recomendação é que a pessoa diminua o contato com outras pessoas, principalmente com as de maior suscetibilidade a doenças graves e idosos, retome o uso da máscara e realize o RT-qPCR.

Estão sendo disponibilizadas 100 vagas a toda comunidade, membros da UFPR e externos, nas segundas e quintas-feiras, das 9h às 9h30. O agendamento deve ser feito pelo site e a coleta é realizada no estacionamento do Setor de Ciências Biológicas (Centro Politécnico). Os participantes recebem por e-mail o resultado do exame.

Por Danielle Salmória (Aspec/SCB)

Sugestões

Pesquisadores da UFPR e demais universidades brasileiras lançam pesquisa nacional
Os temas abordados na pesquisa são: direitos sexuais e reprodutivos durante a pandemia Com o financiamento...
CPA divulga Relatório de Autoavaliação 2023 da UFPR
Nesta quarta-feira (27), a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR)...
Programa Startup Garage UFPR está com inscrições abertas
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) por meio da Superintendência de Parcerias e Inovação (SPIn) em...
Na linha de frente da ação climática, comunidade global prioriza os alertas precoces para todos
Comemorado em 23 de março, o Dia Meteorológico Mundial foi instituído pela Organização das Nações Unidas...