Festival de Interações Culturais e Humanísticas da UFPR Litoral reúne comunidade interna e externa
O evento aconteceu nesta quarta-feira (7) em dois períodos: manhã e noite.
Em sua 21ª edição, o Festival de Interações Culturais Humanísticas (Fich) da UFPR Litoral é um evento focado na integração e no intercâmbio entre os estudantes da Instituição, além de promover a interação entre diferentes cursos e períodos. Também busca envolver a comunidade local. A diretora do setor Litoral, Vanessa Marion Andreoli, pontua que o Fich é uma amostra do semestre, que acontece duas vezes por ano com atividades que compõem um dos eixos do currículo obrigatório de todos os cursos de graduação ofertados no Setor Litoral.
O principal objetivo dessas atividades é promover a interação vertical – entre turmas em diferentes fases dos cursos e horizontal – com estudantes de cursos diferentes no mesmo espaço. Cada grupo tem um limite de participantes e ao menos um professor como mediador, sendo ele responsável pela gestão acadêmica dos encontros.
Os temas propostos, tanto pelos professores e estudantes, são bastante diversificados: alimentação, astronomia, voltados ao esporte, voltados à cultura, entre diversos outros. As ICHs (Interações Culturais e Humanísticas) acontecem todas às quartas-feiras entre os alunos de diferentes graduações e períodos. Edilene Beatriz Dahmer, coordenadora acadêmica da UFPR Litoral explica que após as matrículas serem abertas para os alunos, elas são ofertadas para comunidade com uma disciplina externa. “Então, no caso da comunidade externa, são alunos de ensino médio que se matriculam com certificado de Conclusão de Ensino Médio, Identidade e CPF. Tem um período de matrículas que a gente divulga no site e em edital e aí a gente divulga na comunidade externa, e a comunidade vem aqui se matricular para participar efetivamente da ICH escolhida”, disse.
As ICHs ( Interações Culturais e Humanísticas) acontecem todas às quartas-feiras, e o resultado do que os alunos fizeram das atividades é apresentado no Fich. Além das apresentações em estandes, o festival inclui também projetos de extensão dos parceiros externos da instituição. “Eles usam bastante o nosso espaço porque a gente é muito parceiro da nossa comunidade, então esse é o objetivo, essa extensão com a comunidade”, pontua a coordenadora acadêmica da UFPR Litoral.
Segundo o vice-diretor do Setor, Luis Eduardo Thomassim, há três relevâncias fundamentais do Fich: a dimensão social; a dimensão pedagógica; e a dimensão institucional. “Esse momento do FIch é um momento em que o estudante normalmente amplia o universo de escolhas, ele se estimula a novas possibilidades. O Fich faz parte de um processo que é contínuo, que é cíclico. Cada semestre a gente tem novos momentos, um novo ciclo”, explica.
Vale ressaltar que a estrutura administrativa do Setor Litoral não possui departamentos, ou seja, ela atua apenas com a direção de setor e coordenações de cursos. E nesta quarta-feira, a direção se reuniu com todos para uma plenária setorial, que acabou sendo no mesmo dia do evento.
Alguns destaques
A ICH raça gênero e deficiência, lutas e resistências teve como objetivo analisar como as marcas sociais impactam a vida dos indivíduos. A professora Natália Gomes dos Santos,do Curso de Licenciatura em Artes, explica um pouco do processo de construção da ICH. “O nosso objetivo foi levar um pouco de tudo o que a gente estudou no semestre. A gente montou um quadro com a definição de vários conceitos que perpassam as nossas discussões durante a ICHI. Então, o festival foi esse momento super importante para a gente socializar com a comunidade esses estudos que nós realizamos dentro da ICHI”.
O professor de agroecologia, Manoel Flores Lesama, participou da ICH relacionada à alimentação, na qual foi trabalhado um conceito chamado: ecologia da alimentação. “Uma das principais questões que a gente traz nesse momento é a nossa corresponsabilidade com respeito ao que a gente compra. Nós somos co-produtores daquilo que a gente compra. O nosso trabalho envolve os agricultores que estão no entorno e hoje nós trouxemos os alimentos deles para apresentar aqui, para degustar”, relatou.
Já o professor de Ciências, Vitor Machado, responsável pela ICH Astroich, trouxe uma proposta conjunta com outros professores da instituição e da comunidade. “A ideia foi propor uma ICH para falar sobre astronomia básica e na própria ICH fazer observações, escalas do sistema solar e produzir um telescópio que funcione usando impressora 3D”. A Astroich possui três interações: estande com um mini planetário no interblocos; salas com vídeos contendo explicações sobre a ICH e demais produções; e visita guiada no terraço para observação com os telescópios construídos pelos envolvidos.
Sobre o Fich
O Festival das ICHs objetiva reunir estudantes de todos os cursos ofertados no Setor Litoral e membros da comunidade acadêmica, bem como todas e todos que participam ou desejam conhecer as atividades desenvolvidas no primeiro semestre letivo de 2024 no espaço pedagógico-curricular das Interações Culturais e Humanísticas.
Trata-se, portanto, do compartilhamento de resultados, aprendizagens, vivências e reflexões, sendo um momento privilegiado para expressão dos caminhos que os participantes das ICHs trilharam ao longo do semestre.
O FICH faz parte das atividades oficiais do Setor Litoral, inclusive constando na resolução que estabelece o calendário acadêmico. Portanto, não se trata de dia facultativo para o desenvolvimento das atividades do espaço pedagógico-curricular ICH. O festival faz parte um dos eixos de aprendizagem do currículo obrigatório de todos os cursos da UFPR Litoral.
Linha do tempo
Este ano o Fich acabou coincidindo com os 19 anos da UFPR Litoral. Então, a ideia para a comemoração foi fazer uma linha do tempo desde o começo do festival Fich, que foi a partir de 2012, mas as ICHs começaram as suas edições desde 2005, mesma época do início das atividades no setor. Um ex-aluno do curso de Artes realizou uma pintura em mural mostrando fotografias e ICHs de semestres anteriores. O público em geral também pode rever as primeiras logos da universidade, também criadas pelo ex-aluno de Artes.
