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Fecitec incentiva o interesse pela ciência em estudantes de Palotina e região

Com 80 trabalhos expostos, a Fecitec atraiu 3 mil pessoas. Fotos: Marcos Solivan

Cerca de 3 mil pessoas passaram pela 7ª edição da Feira de Ciência e Tecnologia de Palotina (Fecitec), que movimentou a região na segunda-feira (2). Foram expostos 80 trabalhos,  que compuseram  uma mostra diversificada de ciência , pesquisa e ideias inovadoras.

Desde 2011 a Feira recebe e expõe trabalhos nas áreas de Inovação, Química, Física, Biologia e Matemática com a intenção de incentivar a produção científica nas escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Nesta edição, além de expositores de Palotina, cidades vizinhas como Maripá e Iporã também participaram.

A parceria com empresas e instituições da região garantiu premiações a estudantes durante a feira. Foto: Marcos Solivan

O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem apoio de empresas e instituições locais, como a C.Vale, Pratti-Donaduzzi, Banco Sicredi e Associação Comercial e Empresarial de Palotina (Acipa), que inclusive apoiaram os estudantes realizando premiações em categorias especiais.

De acordo com o diretor do Setor Palotina, Elisandro Frigo, a comunidade sempre foi grande parceira da Fecitec. “É uma honra realizar essa Feira de Ciências na universidade, trabalhando com as crianças do nosso município, que podem oferecer um futuro com qualidade para o Brasil”.

Frigo destaca a importância do evento para despertar o interesse científico nos estudantes. “O objetivo é estimular que as crianças se mantenham na escola, que sejam empreeendedoras e que seja despertado o pequeno cientista existente em cada uma”.

O prefeito de Palotina, Jucenir Leandro Stentzler,  esteve na cerimônia de abertura e parabenizou a  universidade e o Setor  pela iniciativa. “Hoje temos um evento municipal com grande interação entre a instituição e a comunidade. É um momento em que o conhecimento está à disposição dos jovens e que eles podem buscar aplicar na prática aquilo que aprendem em sala de aula. Isso com certeza desperta o interesse deles”, afirma.

A professora Camila Tonezer, coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências e Exatas e da Fecitec, destaca a importância do evento não só para os jovens expositores, mas também para os universitários que se envolvem no projeto. “Para as crianças, a Feira é interessante no sentido de incentivar a curiosidade, a busca pela ciência e instigar a sede pelo conhecimento. Para os alunos da universidade, é importante mostrar que a formação de um universitário não acontece só em sala de aula e que essa integração com a comunidade é também essencial na formação como cidadão”, explica.

Interesse científico

Prova de que a Fecitec realmente desperta o interesse pela ciência é a estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Julia Cantu. Julia participou por três anos seguidos, durante o ensino médio, como expositora na Feira e agora que ingressou na universidade ela está trabalhando como monitora no evento. Nos três anos de participação, a equipe da estudante apresentou trabalhos na área de Ciências Agronômicas que foram premiados em todas as edições.

“Isso foi uma das coisas que me motivou a ingressar na UFPR. Quem participa uma vez da Fecitec, não quer mais parar. Recebemos críticas positivas que nos fazem querer sempre avançar. Pretendo continuar me envolvendo com a organização do evento até terminar o curso”, conta Julia.

As estudantes Kelli Colcinski, Daielly Spanamberg e Jenefer Gust estão no mesmo caminho. Elas estão no Ensino Médio e devido ao sucesso do trabalho que expuseram na feira de seu colégio – Pio XII do município de Maripá – foram incentivadas a inscrever o projeto na FECITEC. “Fizemos uma ração modificada para ajudar na digestão dos peixes. Borrifamos extrato de losna misturado com água na ração e, após 100 dias de análise, notamos alterações no peso dos animais e na coloração da água. O gosto e a cor dos peixes não se modificaram”, explicam. As meninas têm 14 anos de idade e já estão pensando em ingressar no curso de Agronomia.

Alunos do ensino fundamental também apresentaram trabalhos durante a feira.

Os pequenos também têm espaço na Feira. Um dos trabalhos expostos foi o do quarto ano do Colégio Dom Bosco sobre microorganismos decompositores. A professora responsável pela equipe, Renata da Cruz, conta que com o projeto os estudantes aprenderam sobre o tempo de decomposição de cada material e o descarte correto do lixo. “Comparamos a decomposição entre lixo orgânico, papel e plástico. Os alunos acompanharam diariamente esse processo”.

Avaliação e premiação

Os 272 expositores dos 80 trabalhos concorreram em diferentes categorias. Além das modalidades por nível escolar – Ensino Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio – empresas da região ofereceram prêmios em categorias especiais.

A Cooperativa Agrícola C.Vale avaliou trabalhos nas categorias Veterinária e Agrícola e o Sebrae premiou o melhor projeto relacionado a empreendedorismo. Tiveram ainda prêmios para os professores e monitores.

Dentre as conquistas, duas equipes do Ensino Médio ganharam uma viagem com tudo pago para a Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias) de Foz do Iguaçu e duas, para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da Universidade de São Paulo (USP). Outros prêmios foram medalhas confeccionadas pela impressora 3D do Setor Palotina, certificados e certificados de Honra ao Mérito.

A FECITEC, com o apoio do CNPq, também ofereceu quatro bolsas de Iniciação Científica Junior. Os escolhidos foram alunos de escolas públicas de Ensino Médio que receberão um valor durante 12 meses para participar, nesse período, do desenvolvimento de projetos de pesquisa com professores da UFPR.

Cada trabalho, apresentado por equipes de três alunos, foi analisado por quatro avaliadores dentre professores da universidade, técnicos de laboratório e estudantes de mestrado e pós-doutorado. Os avaliadores analisaram os trabalhos considerando os seguintes critérios: caráter investigatório, criatividade e inovação , relevância, adequação ao nível escolar, organização do grupo, desenvolvimento e sequência lógica, domínio do conteúdo, postura e segurança dos alunos, conclusão coerente com o tema e nota do resumo.

A FECITEC é um projeto de extensão que é desenvolvido durante todo o ano e concluído com a exposição e premiação dos trabalho. O projeto foi renovado e está garantido até 2022.

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