As fotos desta exposição integram dois estudos etnográficos do sociólogo, que morreu em 2002, realizados na década de 1950: um na Argélia durante a guerra de libertação nacional que trata do processo de reagrupamento de populações realizado pelo exército francês; e o outro desenvolvido em sua terra natal, no Béarn francês, sobre o celibato na sociedade camponesa.
Esses trabalhos, desenvolvidos quase concomitantemente, possuem uma importância particular: marcam o início da carreira de Bourdieu nas ciências sociais, não somente por serem os dois primeiros, mas principalmente porque foram responsáveis por uma ruptura em sua trajetória intelectual e uma transformação na sua visão de mundo. A razão da sua ida à Argélia, por exemplo, não foi para realizar etnografia, mas sim o serviço militar para o qual foi convocado em 1955. Foram suas experiências com a terrível realidade da guerra que catalisaram sua conversão da filosofia para as ciências sociais: primeiro para a etnologia e finalmente para a sociologia.
Nessas duas extensas e significativas pesquisas de Bourdieu, a fotografia ocupou um lugar central. Por um lado, as condições adversas da pesquisa em meio a guerra tornavam a fotografia um importante instrumento de armazenamento de informações e por outro, ela serviu como um importante mecanismo de conversão de um olhar nativo para um olhar de observador no
ambiente familiar de sua terra natal.
Além da exposição os estudantes e professores de Ciências Sociais estão homenageando o sociólogo com matérias especiais na Revista de Sociologia e Política que teve o número 26 lançado no dia 5 de março. “Há trabalhos etnográficos inéditos no Brasil, traduzidos especialmente para este número da revista”, segundo os organizadores, Pedro Bodê e Adriano Codato. A revista está sendo vendida no Departamento de Ciências Sociais por R$ 30,00.
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Fonte: ACS
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