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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Estudo ressalta importância da restauração de florestas para controle do aquecimento global

Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e Embrapa Florestas reforça a importância da restauração de florestas com árvores nativas para a diminuição do aquecimento global.

A pesquisa é resultado do trabalho de mestrado de Carolina Shimamoto, no Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação, e foi publicada na revista internacional Forest Ecology and Management.

A equipe avaliou a biomassa de dez espécies de árvores de áreas em restauração da Mata Atlântica, para estimar a quantidade de carbono sequestrado ao longo do tempo, e testar se esse acúmulo varia com a idade e grupo ecológico das espécies (árvores de crescimento rápido ou lento).

O estudo foi feito nas Reservas de Rio Cachoeira e Morro da Mina, localizadas na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, no município de Antonina, litoral do estado do Paraná. Segundo Márcia Marques, professora do Departamento de Botânica da UFPR, havia poucos estudos sobre avaliação da biomassa e de quantidade de carbono na Mata Atlântica, e nenhum feito em áreas em restauração.

Usando modelos para simular a quantidade de carbono sequestrada ao longo do tempo naquelas áreas, a equipe viu que os grupos ecológicos têm resultados diferentes quanto ao estoque de carbono. A pesquisa demonstra também que em um intervalo de 60 anos, a quantidade estimada de carbono aumenta exponencialmente “ela é praticamente 300 vezes maior do que no início”, afirma Márcia.

“Esses resultados são importantes, pois ressaltam a importância de se restaurar áreas degradadas para recuperar os serviços que o ecossistema proporciona às populações humanas”, diz a pesquisadora.

Combatendo o aquecimento

Quando as árvores estão crescendo, elas usam o carbono da atmosfera para a fotossíntese. “Esse é um processo importante para reverter os efeitos do aquecimento global”, diz Márcia. Ela explica que o carbono acumulado na atmosfera atua como uma estufa, aumentando o calor na superfície do planeta. Ao se plantar árvores em áreas degradadas, elas usam esse carbono para formar a biomassa vegetal.

A professora acrescenta que, além da restauração com o plantio de mudas de espécies nativas, a regeneração natural das florestas também funciona de forma similar na reversão dos efeitos do aquecimento global. “Assim, no caso do Brasil, à medida que se cumpra o determinado no Código Florestal sobre a restauração das Áreas de Proteção Permanente e as Reservas Legais, se estará também agindo em favor da solução de um problema global”, afirma.

Por Helen Mendes

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