Estudante do Ensino médio técnico conquista medalha de prata em Olimpíada Brasileira de Física
O estudante do quarto ano do Ensino Médio Técnico em Petróleo e Gás da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Yuri Eckhardt da Silva foi premiado com a medalha de prata na sua categoria da Olimpíada Brasileira de Física nas Escolas Pública (OBFEP).
A prova, aplicada no segundo semestre de 2024, envolveu estudantes do Brasil todo e foi composta de duas fases: uma com questões de múltipla escolha e outra de teste teórico e experimental. Em 2024, Yuri também conquistou a medalha de outro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).
Apesar do sucesso nas provas de ciências exatas, nem sempre Yuri teve facilidade com as disciplinas. Ele conta que quando ingressou no ensino médio técnico da UFPR, em 2021, percebeu que o nível de exigência era muito diferente daquele que estava acostumado no ensino fundamental, que também cursou em escolas públicas.
“No começo, foi muito difícil concluir as disciplinas de exatas, principalmente física e matemática. Foram várias dependências e muitas frustrações, cheguei a reprovar três vezes seguidas em física. Mas, ao longo do curso, tive ajuda dos professores, especialmente do professor Adriano Moraes e da professora Giselle Munhoz, que conseguiram trabalhar essa minha dificuldade de forma pertinente. Eles me mostraram como gostar de estudar e sanaram infinitas curiosidades” revela o jovem.
Outra experiência que influenciou no desempenho do estudante foi participar como monitor em duas disciplinas de física. “Entrar no ensino médio da UFPR me fez ter diversas oportunidades que eu duvido que teria em outro lugar, ajudando a superar desafios que sozinho não conseguiria. Acredito que a educação transforma vidas, a exemplo da minha”.
Para Giselle Munhoz, professor de física do Yuri, essa medalha de prata significa uma conquista enorme. “Para passar de fase é necessário uma pontuação alta e o Yuri não teve aulas específicas, pois não é a característica do curso fazer preparação para exames. As provas da OBFEP possuem um nível elevado, com problemas de alta complexidade, bastante exigentes. Algumas universidades, inclusive, consideram a premiação na Olimpíada como critério para ingresso em seus cursos superiores”.
No futuro, Yuri pensa em continuar na área de exatas e cursar Engenharia Química, graduação que está bastante associada com o curso técnico. “Após dedicar tanto tempo aos estudos na área de petróleo e gás, acabei desenvolvendo um grande interesse pelo tema”.
“A Olimpíada desafia os estudantes a pensarem além daquilo que estudam, o que no futuro pode contribuir para levar um jovem estudante a trilhar caminhos de sucesso em sua vida e saber encarar desafios”, finaliza a professora.
A OBFEP
A Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) é um projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e constitui um programa permanente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), responsável por sua execução. São premiados estudantes, escolas e professores; os estudantes melhor classificados podem receber bolsas de Iniciação Científica Júnior.