O encontro começou na manhã desta segunda-feira com uma conferência da jornalista Tereza Urban, explicando conceitos da biodiversidade. A jornalista, integrante da SPVS – Sociedade de Pesquisa da Vida Selvagem falou sobre os vários conceitos científicos e simplificou explicando que significa “vida na terra”. Tereza mostrou a importância dos estudos nesta área, porque das 10 milhões de espécies que devem existir hoje, os cientistas investigaram apenas 1 milhão e 800 mil. “Muitas já foram extintas e outras ainda estão nascendo”, destacou a conferencista.
Sobre os produtos geneticamente modificados, denominados de transgênicos a jornalista elogiou a atitude adotada pelo governo paranaense de impedir o plantio e o embarque de soja modificada, mas alertou que o mesmo já deveria ter ocorrido há muitos anos com o plantio de pinus, hoje amplamente produzido para reflorestamento. De acordo com a estudiosa das questões ambientais trata-se de espécie que age como contaminante biológico, ou seja invasora. No entender da conferencista o que estamos vendo no momento é “uma contradição de políticas, já que no Estado os produtos transgênicos estão proibidos enquanto que o reflorestamento de pinus é livre e ocasiona problemas para o meio ambiente.” Para Tereza, antes da discussão sobre os efeitos dos produtos geneticamente modificados é necessário definições e políticas que garantam a reprodução das espécies existentes e as pesquisas das que ainda não conhecemos a fim de evitar a extinção.
Puxão de orelha – Convidada pela UFPR e pela Prefeitura de Curitiba para falar sobre a ‘Gestão das Águas e sua Importância para a Biodiversidade” a advogada e pesquisadora Maria Helena Batista Murta deu um puxão de orelha nos estudantes e professores, em especial os de mestrado e doutorado. Fez uma convocação para que usem o conhecimento que possuem para ensinar quem não sabe como devem preservar a água. Maria Helena também criticou o desconhecimento da comunidade em relação às leis e aos seus direitos no que diz respeito aos crimes ambientais.
Além de pedir que a comunidade acadêmica esteja mais atenta, buscando informação sobre os direitos do cidadão e ajudando a conscientizar mais pessoas sobre a importância de não jogar lixo nos rios, a advogada citou dados alarmantes sobre o maior reservatório de água subterrânea do Mundo, o Aqüífero Guarani. O Paraná é o único estado totalmente ocupado pelo aqüífero, mas em alguns pontos já há sinais de contaminação com coliformes fecais. Maria Helena citou estudos que apontaram poluição nas águas subterrâneas em Toledo (oeste) e Francisco Beltrão (sudoeste do Estado).
O Ciclo de Palestras sobre a Biodiversidade prossegue amanhã, a partir das 9h com palestras sobre “O Respeito à Biodiversidade” e “Bioética”, com os professores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Domenico Costela e Mário Sanches. Os debates são coordenados pelo professor Paulo Chiesa da UFPR.
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Fonte: AC S
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