Nesta quinta-feira (27), tivemos uma sessão de mesa redonda com especialistas abordando o enfrentamento da maior crise sanitária que o Brasil teve há três anos atrás, o covid-19. A discussão foi importante neste momento, não só pela grave situação sanitária enfrentada com a pandemia, mas também pelos seus impactos futuros no País, nos aspectos sociais e econômicos.
Renato Janine, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), comparou esse momento que enfrentamos com duas pandemias do passado, a Peste Negra, que matou metade das populações afetadas basicamente na Europa e no Oeste da Ásia. E a gripe Espanhola, que surgiu em 1918 matando cerca de 50 milhões de pessoas. Em comparação com os cenários descritos, Janine reforçou que o papel da ciência e da internet permitiu manter um mínimo de funcionamento da economia e da sociedade mesmo que à distância. “ A ciência nos permitiu dois procedimentos fabulosos. Um que salva vidas, a vacina e o outro a internet, senão tivemos a possibilidade de trabalhar virtualmente, imagino que teria sido um colapso da economia para salvar vidas”.
Helena Bonciani Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências ( ABC), comenta que não tem dúvida do desempenho da ciência brasileira e da sua eficácia em resposta à sociedade por parte das vacinas, mas pontua também que a única coisa que não foi atingida em relação à ciência, foi reverter as fake news. Outra relevância levantada por Nader foi o papel e a preparação das universidades em meio a tudo isso.
Além de Renato Janine e Helena Nader, a mesa também foi composta pelo vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Aurélio Krieger e Pedro Wongtschowski, coordenador da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). “É um tema que está bastante vivo ainda na nossa sociedade. Nós acabamos de enfrentar uma emergência sanitária que foi de grandes proporções no mundo e no nosso país onde nós tivemos uma situação complexa sobre a discussão do papel da ciência na definição das políticas públicas. Tivemos importantes ferramentas para o enfrentamento dessa emergência sanitária em tempo recorde”, comenta Marco Aurélio.
Pedro Wongtschowski, coordenador da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), chamou a atenção da relevância do papel da indústria brasileira para transformar ciência, tecnologia e inovação, e fazer com que o produto chegue ao mercado, às pessoas. “A indústria é indispensável justamente pra levar produto para o mercado e não existe nem medicina, nem agricultura, nem serviços em gerais sem uma atividade importante industrial por trás”, comenta Wongtschowski. E ainda conclui dizendo: “A discussão da inovação casada com a tecnologia é uma discussão oportuna, especialmente nesse momento em que a ciência, tecnologia e inovação passaram a ter uma importância expressiva no governo federal”.
“A indústria farmacêutica do Brasil cresceu nos últimos 20 anos a níveis coreanos e chineses por causa da política dos genéricos e pelas iniciativas do complexo industrial da saúde”, disse Marco Aurélio Krieger.
Nader ainda ressalta que para o enfrentamento às novas pandemias, é preciso recuperar a indústria química fina do Brasil e conclui: “Falta política de Estado”.
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