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Escritora Moçambicana participa de roda de conversa na UFPR

Paulina: ““A minha escrita contribui para descolonizar a mente do moçambicano”. Imagem: Flickr.

A escritora Paulina Chiziane, de Moçambique, estará em Curitiba nesta sexta-feira (dia 5), às 15h, para uma roda de conversa sobre o tema “Literatura, gênero e Africanidades”. Será no Auditório 200, localizado no 2º andar do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, na Praça Santos Andrade.

Nascida em 1955 na província de Gaza, Paulina se define como contadora de histórias e foi a primeira mulher moçambicana a lançar um romance, em 1990. Ela iniciou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane, mas não concluiu o curso. Começou suas atividades na Literatura em 1984, publicando contos em veículos da imprensa moçambicana.

O primeiro livro (Balada de Amor ao Vento), editado pela autora em 1990, conta a história de amor de Sarnau e Mwando. Publicou ainda Ventos do Apocalipse (1993), O Sétimo Juramento (2000) e Niketche: Uma História de Poligamia (2002), O Alegre Canto da Perdiz (2008). As andorinhas (2009) foi publicado no Brasil pela editora Nandyala. Com Niketche, recebeu o Prémio José Craveirinha de 2003.

Outra experiência literária importante foi o livro Na mão de Deus, no qual a autora cita a experiência de um internamento psiquiátrico. Escrita em parceria com Maria do Carmo da Silva, que é médium e estudante de espiritismo, a obra apresenta o relato da personagem Alice – uma espécie de alter ego da autora, já que Paulina esteve internada numa ala psiquiátrica, em 2010. A personagem autobiográfica relembra todo o drama vivido, desde as perturbações físicas e psíquicas, a visões e vozes de entidades espirituais que se manifestavam de diferentes formas.

Tradição e modernidade

Na sua obra, a autora sempre buscou uma aproximação entre a tradição e a modernidade. “Sou mulher e sou preta. Então, tudo que faço tem que ter erros. Se não tiver, arranjam”, diz Paulina Chiziane, que aponta um caráter de denúncia em sua obra. “A minha escrita contribui para descolonizar a mente do moçambicano”, afirma a autora, referendo-se à violência imposta à Moçambique pela colonização portuguesa e ao quadro ainda existente em seu país, como o casamento infantil.

A roda de conversa com a escritora é uma promoção do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPR – NEAB/UFPR (Linha de Pesquisa Diversidade, Diferença e Desigualdades Sociais), do Programa de Pós-Graduação em Educação, Programa de Pós-Graduaçao em Letras, Programa de Pós-Graduaçao em História e Centro Acadêmico Hugo Simas.

O encontro também recebe o apoio do NEAB-UTFPR (Universidad Tecnológica Federal do Paraná), Livraria Vertov, Coordenação de Políticas Inovadoras de Graduação (CEPIGRAD), Coordenação de Políticas de Formação de Professores (Copefor) e ainda a Pró Reitoria de Graduação da UFPR. As inscrições para a roda de conversa podem ser feitas aqui.  (Fonte: NEAB-UFPR)

 

 

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