Equipe da UFPR explora sítio arqueológico na Praça Tiradentes

Estão começando os trabalhos na parte nordeste da praça, quase em frente à Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba. Segundo o professor, deverão ser encontrados alicerces de edificações, resíduos de calçamento, canalizações, objetos e utensílios domésticos, além de outros itens que se espera remeter ao século 17, ainda nos tempos do Pelourinho.

A história indica que na praça havia uma capela construída em forma de palhoça de pau-a-pique, material que provavelmente já tenha sido decomposto pelo tempo. Mas a equipe acredita que ainda seja possível encontrar alguns objetos pessoais deixados no chão. Outra probabilidade é a de encontrar vestígios que remetam às antigas populações indígenas que antecederam os portugueses e espanhóis.

Chmyz lembra que, nas décadas de 50 e 60, também durante obras da Prefeitura, foram recolhidos vários artefatos indígenas recuperados posteriormente por arqueólogos da universidade. A proximidade das ocorrências aponta para a existência de um grande sítio arqueológico na cidade de Curitiba debaixo dos prédios, calçadas e do asfalto.

O mesmo grupo da UFPR que trabalhará na praça – após ter vencido uma licitação da Prefeitura de Curitiba – trabalha nas escavações das obras da Linha Verde, em construção na BR-476, antiga BR-116.Lá já encontraram vestígios de uma capela e de um cemitério.

A obra da Prefeitura na Tiradentes irá mudar o piso e a iluminação, mas o desenho original da praça – datado do início do século XX – será mantido. Ainda em 2003, a equipe do professor Igor já executou pesquisas no terreno localizado atrás da Igreja da Ordem, encontrando, entre outros materiais, resquícios de casas de taipa-de-pilão ou barro batido.

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