Egressa da UFPR, Ana Miraglia, na cerimônia de premiação do Festival de Cannes.
Uma publicitária formada recentemente na UFPR está colecionando prêmios internacionais na área. Ana Miraglia, que se formou em Publicidade e Propaganda em 2017 e vive em Nova York há quase dois anos, já amealhou 40 premiações em competições, entre estudantis e profissionais, incluindo o New York Festivals International Advertising Awards – um dos maiores festivais da área, criado há mais de 60 anos; o El Ojo; o Young Glory e o prestigiado festival de Cannes, um dos maiores da área de propaganda no mundo.
Em Cannes, a equipe da qual Ana fez parte na criação de uma campanha para o Burger King ganhou nada menos do que três leões, como são chamados os prêmios concedidos no festival francês.
Ana Miraglia mudou-se para os Estados Unidos para fazer um curso de redação na Miami Ad School de Nova York. Ao embarcar, ela carregava a experiência de quem passou por duas agências de propaganda em Curitiba, durante a graduação na UFPR.
“Desde que cheguei nos Estados Unidos participei de várias competições, porque sabia que isso poderia me ajudar no futuro. Também acho que isso me estimulou a elevar o nível do meu trabalho e buscar ideias mais simples e criativas”, afirma Ana, que está na fase de conclusão do curso em Nova York.
Entre as campanhas premiadas das quais participou, a que mais lhe trouxe reconhecimento foi “McMansions“, do Burger King. “Em dupla com outra brasileira, Marina Ferraz, e em parceria com o time da agência David Miami, criamos uma série de anúncios que provocavam o McDonald’s”, conta Ana. “O CMO (sigla em inglês para diretor de Marketing) do Burger King, Fernando Machado, amou a ideia e eu ainda tive a chance de ir ao Festival de Cannes, na França. Lá conheci muita gente talentosa, assisti palestras e conheci trabalhos premiados do mundo inteiro. Foi uma oportunidade única”.
Anúncio premiado em Cannes.
Escolhas
Ana Miraglia conta que decidiu cursar Publicidade e Propaganda depois de visitar uma agência em Curitiba, quando estava no cursinho pré-vestibular: “Eu tinha muitas dúvidas sobre o que escolher. Venho de uma família de engenheiros e apaixonados por matemática. Como a dúvida era grande, fiz um trabalho de orientação vocacional com uma psicóloga e, por orientação dela, acompanhei o trabalho de alguns profissionais”.
Ela primeiro visitou o Hospital de Clínicas, o que serviu para descartar a ideia de cursar Medicina. “Depois visitei uma agência de publicidade e gostei muito do ambiente. Achei que parecia um lugar livre, onde as pessoas eram estimuladas a criar. Foi ali que decidi que queria estudar propaganda”, lembra Ana.
Fábio Hansen, professor e vice-coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da UFPR, lembra-se de Ana pela “atitude e a iniciativa que sempre teve ao longo da graduação na UFPR”. “Isso permanece como uma marca registrada da Ana – basta reparar na determinação dela nos EUA; mesmo diante das dificuldades não esmoreceu, buscou parcerias para desenvolver os trabalhos”, afirma.
Em março, durante uma passagem por Curitiba, Ana Miraglia esteve na UFPR para uma conversa com estudantes de Publicidade e Propaganda, durante a qual compartilhou um pouco da sua experiência. “A Ana é inquieta e tem a capacidade de enxergar o processo de formação como um processo contínuo, sempre em busca de estudar, aprender, descobrir, desbravar”, diz Hansen.
Para o professor, a trajetória de Ana Miraglia até aqui ajuda a compreender as transformações na atividade publicitária: “Ela trabalhou e conquistou essa série de prêmios sem estar contratada por alguma agência de propaganda tradicional. Isso mostra que as agências de publicidade não são reduto exclusivo da criatividade, isto é, trabalhar em agências não é mais uma condição; há outros espaços, processos e fluxos de trabalhos surgindo, bem como modelos e formatos de negócios”.
Adaptação
De acordo com ela, a adaptação nos Estados Unidos não foi muito fácil: “No início foi um choque, porque, além de ter que lidar com a adaptação cultural, ainda tive me virar sozinha em uma cidade que não tem tanta paciência com novatos. Mas depois fui entendendo que tudo o que eu tirasse daquela experiência seria lucro. Adotei uma postura de franco-atirador e resolvi encarar a mudança como uma oportunidade. Até hoje sinto saudades e às vezes me penso se teria sido mais fácil ficar em Curitiba. Mas no fundo acho que morar fora me tirou da minha zona de conforto e acelerou o meu crescimento pessoal e profissional. Cada semana vale por um mês”.
Para Ana, o Brasil oferece boas oportunidades na área de publicidade e design, mas sair do país é uma forma de expandir os horizontes. “Acredito que as portas do país sempre ficam abertas, porque temos um vínculo emocional com a nossa casa. No entanto, o que atrai o jovem é se sentir valorizado pelo seu sucesso profissional. E se o brasileiro não sentir isso aqui, é natural que busque isso lá fora”, diz.
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