No segundo dia do “Movimento Conexão”, atrações trazem reflexões sobre o caminho da arte no isolamento social
O evento online “Movimento Conexão: Culturas Compartilhadas” chega ao segundo e último dia de lives nesta quinta-feira (30) deixando uma mensagem, como quem parafraseia “Sociedade dos poetas mortos”, filme de 1989: a arte, mesmo quando tudo se foi, é o que mantém nosso espírito vivo. Seguindo John Keating, professor personagem de Robin Williams no filme, artistas de Curitiba refletem sobre a arte, seu acesso e seu significado quando a interação com o público acontece apenas no mundo virtual. As transmissões das lives serão das 15h às 19h no Instagram e no Facebook da Agência Escola de Comunicação Pública da UFPR – confira a programação completa neste link.
Entre as oito atrações do dia, de música e fotografia a teatro e dança, assuntos importantes entram em pauta através das vozes de artistas, professores, pesquisadores e estudantes, que também discutem arte e cultura em webinários. Por trás das performances e canções, o acesso à cultura e o valor dado aos artistas que produzem online se torna uma questão latente. Para o diretor da Cia de Teatro da UFPR, Rafael Lorran, eventos como o “Movimento Conexão”, que une várias perspectivas, são plataformas que viabilizam debate de recursos, políticas, visibilidades e invisibilidades, para que as culturas artísticas possam ultrapassar nichos.
O consumo de arte se limita em decorrência do isolamento social, mas também faz repensar novos modos de interação e presença. “A relação corporal entre espectadores e performers é um espaço imprescindível em que a arte se materializa, mas [a sua falta] abre novas perspectivas acerca das possibilidades de vivências do processo criativo e do gesto de partilha espetacular”, complementa Lorran. A Cia de Teatro da UFPR partilha tessituras e gestos narrativos na apresentação “Narratilhas: Palavras Confins”, no nesta quinta-feira (30), às 17h.
Outra participação no evento vem da estética mutante da música, do bloco de carnaval “Fogosa” de Curitiba, da composição e da coreografia. Siamese é cantor da miscigenação e da cultura queer do Sul do Brasil. “Para alguém que vive de quase todas as formas de arte, ficar sem ela é como se vivêssemos em um mundo escuro, silencioso e sem esperança. Agora, quando o seu público se torna estritamente virtual, seu objetivo com a arte em meio ao bombardeio de produções é pensar em algo com relevância e identidade para que a experiência seja sempre verdadeira, mesmo online”, considera Siamese.
Na performance do show “Overdose”, escolhido para a live, às 18h30, Siamese passa para o virtual o que sua arte prioriza: as conexões com as vivências do espectador. Assim como para Lorran, que acredita que a live possa ser um momento de compartilhar essa situação atual vivida em conjunto, o artista quer que o seu público virtual se sinta presente durante o ato e, para isso, ele pensa em imersão total da experiência passada.
O “Movimento Conexão: Culturas Compartilhadas” é uma iniciativa da Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR em parceria com o Setor de Artes, Comunicação e Design (Sacod) e a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPR (Proec).
Por Gabriel Protetti
Sob supervisão de Chirlei Kohls
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