No último sábado (25) foi comemorado o Dia Nacional da Adoção. Sobre este tema, pesquisadores do Departamento de Psicologia da UFPR estão divulgando um estudo realizado em Curitiba sobre adoção tardia. Foram ouvidos 50 pais que adotaram crianças de dois a 17 anos. A maior parte disse que os laços afetivos foram imediatos e que os adotados já passaram a chamá-los de pai e mãe.
Os pais também responderam perguntas sobre questões escolares, porque em pesquisas anteriores havia evidências que filhos adotivos são mais vulneráveis às situações de discriminação e constrangimentos. Alguns pais mencionaram que os filhos são tratados de forma diferenciada, mas neste estudo 32% dos pais afirmaram que há uma igualdade de tratamento. Do total, 48% dos adotados têm a cor parda ou mulata.
Para as pesquisadoras Lídia Weber e Cristina Pereira, a pesquisa mostrou dados positivos sobre à adoção tardia e indicam que a maior parte dos pais apresenta flexibilidade em relação à criança adotada. O estudo não observou relação importante entre a idade da adoção e comportamentos com problema e nem sobre a história anterior à adoção. Segundo as pesquisadoras “calma, paciência e firmeza são as qualidades necessárias para a reconstrução da história de vida.”
Os problemas verificados foram relacionados com o ambiente externo, como discriminação e tratamento diferenciado na escola. Outra constatação foi a reclamação a respeito do tempo em que os adotados ficam com o sobrenome da família biológica, considerado muito longo.