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Curso pioneiro sobre surdocegueira atrai público diversificado

12 janeiro, 2015
18:16
Por
Extensão e Cultura

Aconteceu na semana passada, nos dias 8 e 9, o Curso Introdutório de Surdocegueira, promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). O evento, ministrado por Steve Collins, pesquisador da área de surdocegueira, trouxe novos conhecimentos voltados a pessoas com essa deficiência, com técnicas que integram o Pro-Tactile (PT) Program. O evento foi organizado pelo Napne (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais), junto com a Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração do Surdo) e a Coordenação do Curso de Letras – Libras da UFPR.

Cerca de 70 pessoas participaram e as inscrições se esgotaram antes do esperado devido à grande procura e à escassez de cursos voltados a esse público. Destas 70 pessoas, treze eram surdocegas e os outros eram, na maioria, familiares e profissionais da área que também puderam aprender sobre a comunicação e a interação com os surdocegos. A ideia era justamente estimular o acesso a essas informações para superar certos obstáculos, como explica a intérprete Jaqueline Stein, que participou do evento. “No Brasil existe um carência muito grande de informações nessa área, por isso esse tipo de curso é importante pra gente”, explica.

O professor Steve Collins tem se dedicado a desenvolver programas de capacitação para a comunicação com surdocegos, a fim de estimular a independência dessas pessoas. No curso, o principal assunto trabalhado foi o de Libras Tátil, uma técnica mais eficaz que permite que pessoas com surdocegueira possam se comunicar, sempre com um intérprete que repassa a mensagem através do contato tátil. Assim, não é mais necessário utilizar o Tadoma, método de aprendizado mais complexo, no qual o surdocego coloca o polegar na boca do falante e os dedos ao longo do queixo, para entender o que está sendo dito.

Para a coordenadora do Napne, Laura Ceretta Moreira, o saldo do curso foi muito positivo, com inscritos de diversos estados do país. “Houve muita interação e vivência no curso entre surdocegos, surdos, familiares, professores, intérpretes de Libras,  e alunos da UFPR. O aprendizado teórico, técnico e, sobretudo, de vida foi de extrema importância”, ressalta. Também existe a preocupação de maiores eventos nessa área devido a maior demanda criada na Universidade com a recente criação do curso de Letras – Libras, como explica Laura. “Percebemos, pelo perfil dos inscritos no curso, que muito em breve teremos mais surdocegos inscritos em nosso processo seletivo do vestibular e quiçá futuros alunos da UFPR”, diz.

Por Kaleb Ferreira (sob orientação de Jaqueline Carrara)

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