Pacientes atendidos no ambulatório de Fisioterapia do Hospital de Clínicas da UFPR utilizam jogos virtuais para o tratamento de doenças musculoesqueléticas; neurológicas e cardiorrespiratórias.
Por meio da disciplina “Habilidades Fisioterapêuticas de média complexidade”, do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Paraná, os jogos são utilizados para o treinamento de equilíbrio, de força muscular e condicionamento cardiorrespiratório, no tratamento de pacientes com artrite reumatoide; fibromialgia; esclerose sistêmica; paralisia cerebral; esclerose lateral amiotrófica; distúrbios otoneurológicos, entre outras doenças.
Também chamada de “gameterapia”, o uso dos jogos virtuais aumenta a aderência dos pacientes ao tratamento, motivando a prática de exercícios físicos, melhorando a dor e a capacidade físico-funcional de crianças, adultos e idosos. As atividades têm supervisão das professoras Adriane Muller Nakato, Ana Marcia Delattre, Anna Raquel S. Gomes, Ariani Cavazzani Szkudlarek, Audrin Said Vojciechowski e Silvia Valderramas.
O uso dos jogos virtuais, de acordo com as orientadoras, necessita da supervisão direta e constante de um fisioterapeuta, já que a prescrição dos exercícios terapêuticos, por meio dos jogos virtuais, deve ser individualizada. O monitoramento dos sinais vitais e sintomas relacionados a doença é necessário para evitar agravamento de sintomas e potencializar o ganho terapêutico.
O tratamento exige progressão gradativa das posições e intensidade dos exercícios prescritos. Um paciente realiza, por exemplo, treinamento sentado e, semanas depois, consegue fazer os exercícios em pé, o que demonstra melhora do equilíbrio.
As docentes explicam, ainda, que experiência técnico científica com gameterapia é um exemplo de pesquisa translacional, que usa conhecimentos da ciência básica para fornecer soluções práticas para problemas de saúde. O grupo de pesquisa, coordenado pela professora Anna Raquel Gomes, já publicou artigos científicos sobre o tema, com conteúdos inseridos no serviço de Fisioterapia do Hospital de Clínicas da UFPR.