O Projeto de Extensão Universitária “Meninas e Mulheres nas Ciências” lançou, no dia nacional da Consciência Negra (20 de novembro), o segundo volume do livro de passatempos “Cientistas Negras: Brasileiras”, disponível para download gratuito aqui. A publicação aborda fatos da vida e obra de 12 cientistas brasileiras, de diferentes áreas do conhecimento e com atuação em diversos setores sociais, por meio de caça-palavras, palavras cruzadas e desenhos para colorir sobre cada uma delas.
As experiências das mulheres retratadas no livro possuem relação com seus trabalhos e os temas aos quais se dedicam são de extrema importância para toda a sociedade, como: diversidade, diferença, democracia, resistências, existências, ausências na política, crítica à voz única, relações étnico-raciais, presenças nas universidades e nos espaços de trabalho, ancestralidades, estruturas sociais, constrangimentos e tensões, mas também estratégias de mobilização e possibilidades elaboradas por elas.
Camila Silveira, coordenadora do projeto, explica que o livro foi planejado devido à necessidade de materiais que abordem o tema e que possibilitem a adoção por escolas, universidades e demais espaços que promovam práticas educativas. “O Volume 1 dessa série temática foi muito usado em diversas localidades brasileiras, além de outros países, com retorno muito positivos. Acredito que este segundo volume também alcançará públicos diversos. A ludicidade aliada à educação antirracista e feminista, por meio da divulgação científica, oportuniza dialogar e atingir diferentes pessoas”.
A autoria é das professoras da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Camila Silveira, do Departamento de Química; Alessandra Souza Barbosa, do Departamento de Física; Claudemira Vieira Gusmão Lopes, do Setor Litoral; da doutora Maria de Fátima Costa; das doutorandas Bruna Carmona Bonifácio, de Design; Rauany Cristina Lopes Francisco, da Universidade de Araraquara; e da estudante de graduação em Química, Jaqueline de Lima Ramos. As ilustrações são de Mariana Provenzi, designer egressa da UFPR, e a revisão dos textos é da mestra em Estudos Literários, Dalila Jora.
Representatividade negra feminina nas ciências
As várias áreas científicas estão presentes na organização do livro, valorizando a representatividade de campos de atuação e de exemplos de cientistas. Para Claudemira Vieira Gusmão Lopes, uma das autoras, a data de lançamento do livro é um marco simbólico importante, pois coloca as intelectuais negras em pauta e oportuniza reflexões coletivas fundamentais sobre racismo, misoginia e sexismo. “Também é um momento de referenciar o trabalho que elas desenvolveram”.
O projeto apresenta um histórico de grande inserção em escolas da educação básica. “Desejamos que os passatempos façam parte do cotidiano de estudantes e docentes, sendo adotados como materiais didáticos”, revela Maria de Fátima Santos, também autora da obra. Outro objetivo do grupo é que o material incentive o desenvolvimento de práticas antirracistas e feministas e colabore com a redução das injustiças sociais, por meio de uma educação científica humanizadora, inspirando a geração atual e as futuras.
Uma das mulheres celebradas no livro é a professora e cientista da UFPR, Megg Rayara Gomes de Oliveira. Os passatempos evidenciam sua trajetória, a relevância de suas pesquisas e a representatividade das intelectuais negras trans. Ela representa a grande área das Ciências Humanas ao lado de Djamila Ribeiro, mestra em Filosofia, e Marielle Franco, mestra em Administração Pública.
Veja a relação das doze cientistas abordadas na obra:
Ciências Agrárias: Gabriela Ramos Leal
Ciências Biológicas: Ana Lucia Tourinho
Ciências Da Saúde: Fran Demétrio
Ciências Humanas: Megg Rayara, Marielle Franco e Djamila Ribeiro
Ciências Sociais Aplicadas: Haynará Negreiros
Linguística, Letras e Artes: Neide Almeida
Ciências Exatas e Da Terra: Joana Angélica Guimarães e Eliza Maria Ferreira Veras da Silva
Engenharias: Luanda de Moraes
Multidisciplinar: Carol Barreto
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