Alterações nos dentes e na boca podem ocasionar problemas relacionados ao sono, assim como distúrbios dessa ordem podem influenciar na condição bucal de crianças
Quem já teve, sabe: a dor de dente consegue atrapalhar qualquer atividade do cotidiano, sem mencionar a dificuldade enfrentada na hora das refeições. Mas para além das tarefas do dia a dia, esse desconforto pode ter impacto na hora do descanso.
Em artigo publicado no periódico European Archives of Paediatric Dentistry, da Springer Nature, Bruna Luiza Maximo Ramos, pesquisadora egressa da pós-graduação em Odontologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), confirmou que a dor de dente e o desconforto dentário estão associados a uma maior prevalência de distúrbios do sono.
A publicação é decorrência de sua dissertação de mestrado, que trata da mesma temática. Colaboraram com o estudo a então mestranda do mesmo programa, Aline Midori Batista Umemura; o orientador José Vitor Nogara Borges de Menezes; e a co-orientadora Juliana Feltrin de Souza, ambos professores do Departamento de Estomatologia da UFPR; além do professor Oliviero Bruni, da Universidade Sapienza de Roma (Itália).
O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de distúrbios do sono em crianças brasileiras entre quatro e cinco anos de idade a partir do relato dos pais sobre desconforto e dor dentária. A pesquisa transversal – cuja coleta de dados é feita em um momento e em um local específicos – foi realizada na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, com 604 crianças em fase pré-escolar, matriculadas em escolas municipais.
Entre os resultados observados nas respostas a dos questionários, destaca-se que 21% das crianças apresentavam distúrbios respiratórios do sono, como apneias; 19% tinham transtornos da transição sono-vigília, quando se tem sono muito mais cedo ou muito mais tarde do que o exigido pelo ambiente; e 13% suavam excessivamente dormindo, hiperidrose do sono.
Outra pesquisa feita pelos cientistas diz respeito à observação de dor de dente nas crianças por parte dos pais e em qual período isso ocorria; além de comportamentos relacionados à dor e ao desconforto de origem dental. De acordo com os dados coletados, foi possível concluir que 62% (363) das crianças apresentavam pelo menos um sinal indicativo de dor e de desconforto dentário. Também foi observado que 8% (49) dos participantes necessitavam tratamento odontológico mais invasivo.
Leia a matéria completa, com infográfico, no site da Ciência UFPR
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Foto de destaque: Ilustração / Freepik
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