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Ciência UFPR: Pesquisadora da UFPR descobre floresta de 290 milhões de anos “congelada no tempo”

17 junho, 2022
10:00
Por Lais Murakami
Ciência e Tecnologia

Uma floresta com 164 árvores da linhagem das licófitas foi encontrada fossilizada no município de Ortigueira, no estado do Paraná — antigo paleocontinente Gondwana —, local em que viveu há cerca de 290 milhões de anos. A descoberta foi feita pela estudante do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Thammy Ellin Mottin, durante sua pesquisa de doutorado, e publicada no periódico Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.

Segundo a pesquisadora, o achado pode ser comparado a uma janela que permite ver o passado. “As árvores estão preservadas dentro da rocha da exata maneira em que viviam, ou seja, elas ainda guardam as características daquele ecossistema de cerca de 290 milhões de anos atrás”.

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Por terem raízes, as plantas podem ser preservadas na sua posição original, isto é, na forma vertical, diferente do que ocorre com organismos que se movem. Contudo, florestas fósseis preservadas em posição de vida são extremamente raras no mundo, especialmente no paleocontinente Gondwana, onde, até hoje, só há o relato de mais dois locais com plantas da linhagem preservadas desta forma: na Patagônia argentina e no estado do Rio Grande do Sul, regiões em que o número de licófitas é bem menor e cujos caules se encontram deformados verticalmente.

As licófitas de Ortigueira não estão comprimidas como nesses outros dois lugares, permitindo uma reconstrução da planta com mais fidelidade. Isso fez com que informações de como as árvores eram distribuídas no terreno, quantidade por hectare, relação das árvores entre si, sua interação com o ambiente, entre outros aspectos, pudessem ser recuperadas.

Thammy conta que o sistema de raízes das árvores que encontrou nunca havia sido descrito em licófitas do Gondwana. “O sistema de raízes forma lobos que partem da base dos caules, cuja função seria a ancoragem da planta no substrato”. A autora ainda revela que essa vegetação mostra vestígios de como se dava a interação das árvores com o substrato e de como era a interação entre as plantas. “Formavam grupos de três a quatro árvores espaçados entre si”.

Confira a reportagem completa na Revista Ciência UFPR neste link.

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