Coordenadora do Ekoa, projeto que há quase dez anos orienta comunidades tradicionais sobre direito ambiental, a professora de Direito está na programação da 22ª Jornada da Agroecologia do Paraná
Em meio à multidão e aos estandartes coloridos da Marcha pela Agroecologia, que com dizeres como “un mundo para un pueblo”, “pelo fim da escala 6×1” e “taxar os super ricos” tomaram o espaço da Assembleia Legislativa do Paraná, um dos presentes era a professora Katya Isaguirre-Torres, do Departamento de Direito Público da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Coordenadora do núcleo de extensão e pesquisa Ekoa, que trata do direito ambiental e agrário para comunidades vulneráveis e tradicionais há cerca de dez anos, Katya acredita que a marcha realizada nesta quarta-feira (6) em Curitiba deixa um recado para o Paraná — lembrando que um terço do PIB do Estado está atrelado ao agronegócio.
“A Marcha pela Agroecologia no Paraná é uma potente ação, ela visibiliza que outra forma de produção agroalimentar não é apenas possível como já acontece”, avalia. “Traz visibilidade para os agricultores e agricultoras, povos originários e tradicionais como agentes sociais capazes de conduzir à transição justa e ecológica do modelo dominante de desenvolvimento que aí está”.
Agroecologia é um conceito que reúne compreensões de sustentabilidade e de respeito à ecologia para reformar a agricultura, levando-a para fora da lógica de esgotamento de recursos. Há outro braço da agroecologia, porém, e é nele que estão Katya e o Ekoa. É o que parte de noções de justiça social para defender o trabalho e as comunidades rurais, pensando também no acesso à alimentação saudável.
Assim, ao longo de uma trajetória no Direito que inclui passagem pela organização Terra de Direitos, a docente tem estudado aspectos da agroecologia que tocam os direitos humanos. Isso inclui a injustiça socioambiental, uma abordagem que pensa a crise climática como uma urgência também legal e jurídica, porque atinge de forma desigual as populações, aprofundando opressões.
Nesta entrevista à Ciência UFPR, Katya fala sobre esses assuntos, também abordando a agroecologia como um saber empoderador para mulheres e o alimento saudável como um resultado da justiça no uso da terra.
Leia a entrevista completa no site da Ciência UFPR
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