Estudo inédito combina dados de mais de 150 espécies para compreender a origem e a diversidade do cuidado que esse crustáceo tem com os filhotes
O cuidado parental prolongado não é uma característica exclusiva dos seres humanos. Alguns animais também mantêm esse comportamento mesmo depois que os filhotes alcançam independência física. É o caso de espécies de lagostins, crustáceos de água doce que podem escavar tocas complexas, de mais de dois metros de profundidade, para proteger a prole, que muitas vezes permanece por perto mesmo após a fase juvenil. Esse comportamento é mais comum em lagostins que produzem menos ovos, mas cujas crias apresentam maiores chances de sobrevivência.
Ao investigar melhor essa conduta, os pesquisadores descobriram que, ao contrário do esperado, essa não foi uma estratégia moldada ao longo da história evolutiva da espécie. O estudo internacional publicado na revista Systematic Biology mostra que, à medida que ancestrais marinhos migraram para ambientes de água doce, ocorreu justamente o oposto: a colonização de rios e lagos levou os lagostins a depender muito menos das tocas para sobreviver.
A pesquisa, pioneira ao utilizar a história evolutiva como ferramenta para explicar a evolução do cuidado parental, analisou dados morfológicos, comportamentais e filogenéticos de 156 espécies de lagostins por meio de métodos comparativos e reconstruções ancestrais. Essa abordagem integrada permitiu traçar uma linha do tempo evolutiva detalhada, algo inédito para o grupo.
Ocuidado parental prolongado não é uma característica exclusiva dos seres humanos. Alguns animais também mantêm esse comportamento mesmo depois que os filhotes alcançam independência física. É o caso de espécies de lagostins, crustáceos de água doce que podem escavar tocas complexas, de mais de dois metros de profundidade, para proteger a prole, que muitas vezes permanece por perto mesmo após a fase juvenil. Esse comportamento é mais comum em lagostins que produzem menos ovos, mas cujas crias apresentam maiores chances de sobrevivência.
Ao investigar melhor essa conduta, os pesquisadores descobriram que, ao contrário do esperado, essa não foi uma estratégia moldada ao longo da história evolutiva da espécie. O estudo internacional publicado na revista Systematic Biology mostra que, à medida que ancestrais marinhos migraram para ambientes de água doce, ocorreu justamente o oposto: a colonização de rios e lagos levou os lagostins a depender muito menos das tocas para sobreviver.
A pesquisa, pioneira ao utilizar a história evolutiva como ferramenta para explicar a evolução do cuidado parental, analisou dados morfológicos, comportamentais e filogenéticos de 156 espécies de lagostins por meio de métodos comparativos e reconstruções ancestrais. Essa abordagem integrada permitiu traçar uma linha do tempo evolutiva detalhada, algo inédito para o grupo.
O professor Alexandre Varaschin Palaoro, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), liderou o estudo. Ele explica que a reconstrução da história evolutiva revelou que os ancestrais dos lagostins já escavavam tocas. As principais mudanças ocorreram nos crustáceos de riacho, que produzem muito mais ovos como estratégia para equilibrar a sobrevivência da prole e da mãe — que gasta muita energia cuidando dos filhotes até que se tornem independentes.
Leia a matéria completa, com galeria de fotos, no site da Ciência UFPR
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