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Centro da UFPR devolve lobo-marinho ao mar

17 dezembro, 2008
00:00
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O animal, que mede 1,8 metro e pesa cerca de 130 quilos, foi avistado por banhistas na manhã do último sábado (13/12), no Balneário de Santa Terezinha.

Inicialmente, as pessoas que acionaram o Corpo de Bombeiros julgavam que se tratava de uma foca. Na verdade, era um macho adulto da espécie lobo-marinho-do-sul (Arctocephalus australis).

Os bombeiros retiraram o animal da praia e o levaram para o Centro de Estudos do Mar da UFPR. Lá, uma equipe do Projeto de Estudos e Reabilitação de Aves, Mamíferos e Répteis Marinhos examinou o lobo-marinho, que não apresentava nenhum indício de ferimento ou fratura, apenas exaustão.

Como não necessitava de cuidados médicos, o animal foi deixado por algumas horas em repouso. Em seguida, com o auxílio da mesma equipe do Corpo de Bombeiros, foi levado à praia em frente ao Centro de Estudos do Mar, para que a equipe de reabilitação pudesse monitorar sua entrada no mar.

Ao chegar à praia, o lobo-marinho procurou ficar próximo à zona de arrebentação, onde permaneceu por mais de uma hora, até que a maré baixasse. Depois, dormiu profundamente por cerca de 5 horas até que, ao anoitecer, dirigiu-se ao mar.

‘Precisamos isolar uma grande área ao redor do animal, para que as pessoas não interferissem no seu descanso’, relata a bióloga Márcia Regina de Oliveira, pesquisadora colaboradora do Centro de Estudos do Mar.

Na manhã de domingo (14/12), o mesmo lobo-marinho foi avistado na praia do Balneário Grajaú. Após voltar ao mar, não foi mais visto novamente.

Comportamento comum

Segundo Márcia Oliveira, esse comportamento de procurar a praia para descanso é comum entre os lobos-marinhos, e pode ou não ser indício de alguma enfermidade. Eles preferem se alimentar à noite. Durante o dia, procuram descansar.

‘Lobos-marinhos são animais de vida anfíbia que precisam da terra para descanso, mudar os pêlos, criar seus filhotes e reprodução’, explica a bióloga. ‘Eles possuem membros anteriores adaptados para natação, em forma de remo, mas que também são utilizados para deslocamento em terra, fazendo com que se desloquem como se estivessem galopando.’

A bióloga observa que, ao avistarem esse tipo de animal na praia, as pessoas não precisam se preocupar em fazer algo para que ele volte para a água. ‘O animal irá procurar a água assim que tenha restabelecido suas forças.’

As pessoas devem evitar se aproximar, fazer barulho ou tentar fazer com que o animal se mova. Os animais são protegidos por lei: o assédio ou maltrato é considerado crime contra a fauna.

O aparecimento desta espécie na região Sul do Brasil é fato conhecido e documentado há vários anos, em especial durante os meses de inverno e primavera. Carnívoro, o lobo-marinho-do-sul é mais comum mamífero marinho da fauna brasileira.

Foto(s) relacionada(s):


O lobo-marinho-do-sul, no Centro de Estudos do Mar da UFPR
Foto: CEM / UFPR

Fonte: Fernando César Oliveira

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