O rock rural de João Lopes colocou o público para dançar no segundo dia de Festival de Inverno da UFPR. Com letras sobre histórias e cidades paranaenses, o cantor e compositor animou a noite de domingo (15) em Antonina.
“Quero agradecer a Universidade Federal do Paraná pelo convite, esse reconhecimento me deixou muito honrado”, disse Lopes, que apresentou canções de cada um dos seus seis trabalhos registrados durante uma hora e meia de show.
“Minha única intenção é fazer com que minhas letras e melodias simples penetrem no coração das pessoas e tragam felicidade”, afirmou. João Lopes é conhecido como “bicho do Paraná”, nome de um dos seus maiores sucessos.
Com mais de 40 anos de estrada, o cantor se apresentou em Antonina no início da carreira. “Fiz um show aqui em 1979, mas a apresentação de hoje foi minha primeira participação no Festival de Inverno da UFPR”, concluiu.
Coro e Madrigal
Mais cedo, a apresentação do Coro e do Madrigal da UFPR lotou a Igreja São Benedito. O concerto reuniu obras da transição do período barroco.
Uma das integrantes, Juliana Zalamanski, de 19 anos, afirma que esse tipo de evento promove acesso à cultura. “O Festival de Inverno traz uma parte da cultura que já deveria estar agregada ao domínio público há muitos anos”.
Djalma Peixoto, de 78 anos, está no Coro há trinta e cinco anos e fala com prazer e orgulho das experiências. “Nós estamos em mais de 100 cantores. É um trabalho completamente diferente e que traz muita alegria para mim”, diz.
Sob atual direção do maestro Álvaro Nadolny, o Coro desenvolve um trabalho intenso na formação de cantores, pesquisando técnica vocal e novas possibilidades de expressão há 60 anos. O grupo foi fundado em 1958, por ocasião da inauguração do Teatro da Reitoria da UFPR.
O Madrigal foi criado em 2010 e tem o objetivo de aprimorar o estudo da técnica de canto erudito, mantendo a autonomia artística dos seus integrantes. Os cantores estudam o repertório individualmente e se reúnem para ensaios em conjunto. Desde sua criação, o Madrigal realiza intervenções em alguns concertos do Coro e em eventos da Universidade Federal do Paraná. Naldony também coordena o grupo.
Filarmônica da UFPR traz música barroca para Antonina
Foto: Agência Prattica UFPR
A música barroca também encantou quem passava por Antonina na noite de domingo, com a apresentação da Orquestra Filarmônica da UFPR (OFUFPR). O evento também lotou o Theatro Municipal da cidade.
Durante pouco mais de uma hora de apresentação, o público conferiu o espetáculo “Efemérides”, que homenageia os músicos Antonio Vivaldi (1678-1741), Claude Debussy (1862-1918), Radamés Gnattali (1907-1988) e o também diretor artístico da OF Harry Crowl (1958). A obra “Concerto em si menor para 4 violinos, violoncelo, cordas e baixo contínuo”, de Vivaldi, abriu o show com grande energia musical, levantando o público desde o início.
A Efemérides fez no Festival de Inverno sua segunda apresentação. A primeira foi no Teatro da Reitoria, em Curitiba, no início do mês, com cerca de 600 pessoas presentes. Márcio Steuernagel, regente da orquestra, conta que a obra foi pensada para eventos especiais: “Todo o repertório foi montado com bastante cuidado e diversidade estética justamente para essas duas apresentações importantes”, explica.
No repertório, dois artistas brasileiros foram contemplados. Radamés Gnattali e Harry Crown são aclamados compositores, sendo o segundo músico dono de uma composição feita especialmente para a Orquestra: “Suíte Antiga Brasileira”. A canção foi escrita em 2006 e propõe uma releitura de três obras da liturgia católica dos séculos XIII e XIX; ‘a música do passado pela ótica do nosso tempo’, segundo o próprio autor.
A canção foi responsável por fechar o concerto e o público aplaudiu de pé a apresentação. A Orquestra se apresenta anualmente no Festival de Inverno da UFPR e, de acordo com Steuernagel, é sempre satisfatório: “O público é muito caloroso. Como Antonina é uma cidade pequena, há poucas orquestras se apresentando, nosso concerto acaba sendo um evento importante” afirma, ressaltando o engajamento e atenção dos presentes.
A estudante do curso de Letras da UFPR, Mariana Paiva, assiste à Filarmônica regularmente. Além de gostar da iniciativa do próprio Festival de Inverno, ela comenta sobre a relevância da Orquestra: “é uma oportunidade de conhecer a música clássica e entender um pouco como funciona. A apresentação é emocionante”, diz.
Para mais informações sobre outras apresentações da Orquestra, confira a página oficial da OFUFPR.
Por Aline Fernandes França, Larissa Nicolosi e Agência Prattica
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