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Aula magna do Setor de Ciências Humanas com pesquisadores alemães aborda memória cultural

Jan Assemann durante sua conferência no Teatro da Reitoria
Jan Assmann durante sua conferência no Teatro da Reitoria

Os pesquisadores alemães Jan e Aleida Assmann foram os convidados para a aula magna do Setor de Ciências Humanas, realizada na manhã da segunda-feira (20), no Teatro da Reitoria. O evento foi promovido pelos programas de pós-graduação do Setor de Ciências Humanas e demais programas de outros setores ligados  às Humanidades (Direito, Geografia e Educação) reunidos em torno do  Instituto de Estudos Avançados em Mobilidades Sociais e Culturais. “Os pesquisadores são dois dos mais importantes teóricos da memória cultural,  intelectuais de  referência para áreas como a História, Arqueologia, Antropologia, Artes e Literatura”, observa o professor Paulo Soethe, que organizou a vinda do casal a Curitiba.

Jan Assmann falou sobre “Recordação e promessa. Sobre a história do Êxodo”. Abordou em especial a importância da “escrita cultural” e os textos canônicos nos estudos da memória cultural. “Cânone é um instrumento de esquecimento e lembrança. Ao escolher  um texto como cânone, isso age como holofote iluminando uma parte da memória cultural e por isso mesmo, ofuscando outras”, observou. Jan Assmann, que é egiptólogo, escreveu em 1997 o livro “Moisés, o  egípcio”, escrito originalmente em inglês e traduzido para diversas línguas. Essa obra revolucionou a compreensão da figura histórica e simbólica de Moisés, não apenas para a História e a Arqueologia, mas também para a Teologia nas diversas religiões monoteístas.

O tema de Aleida Assmann foi  “Da violência coletiva a um futuro partilhado: quatro modelos para tratar de um passado traumático”.  Na palestra, a pesquisadora abordou as lembranças negativas de traumas históricos e como as pessoas e o estado lidam com essas memórias. Experiências como as vividas pelos judeus em relação ao holocausto e por países que passaram por guerras apresentaram exemplos de como lidar com as memórias. “O Estado não pode se impor sobre as lembranças das pessoas,  mas pode influenciar proibindo manifestações que joguem luz sobre o evento a ser esquecido”, apontou. A professora Aleida é docente na Universidade de Constança, que fica em Baden-Württemberg.

Aula magna teve acompanhamento de estudantes e docentes
Aula magna teve acompanhamento de estudantes e docentes

No final do evento foi lançado o livro “Espaços da recordação ─ formas e transformações da memória cultural”, de Aleida Assmann, publicado pela Editora Unicamp com tradução de uma equipe da UFPR liderada pelo professor Paulo Soethe. A obra está à venda na Livraria da Editora UFPR, no Edifício D. Pedro II, na Reitoria. O casal Assmann realizou na última semana conferências em São Paulo, Campinas e Cascavel. E depois da capital paranaense, segue para Londrina e Rio de Janeiro, onde encerra o ciclo brasileiro de palestras.

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