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Artesãos e artistas montam circuito econômico e cultural paralelo à programação oficial do Festival

15 julho, 2005
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Para muitos deles, o evento é uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra. Vende-se de tudo: bijuterias, quadros em cerâmica, pinturas em telhas, miniaturas de latas de refrigerante, roupas, cachecóis, anéis, pulseiras e colares.

A artesã Alda Helena Stockflth consegue lucrar no Festival mais do que na temporada de férias. Ela vende peças feitas em lã, tapeçaria, porta-jóias decorados com paisagens de Antonina e enfeites de biscuit. Algumas mercadorias são feitas com materiais alternativos da região como troncos de árvores. “No Festival, vendo em torno de 70% a mais que nos outros meses do ano. Para quem sobrevive apenas do artesanato, o evento é uma oportunidade de melhorar a renda”, comenta.

Sob a tenda, Cleberson da Silva Ribeiro, conhecido como Nenê, agilmente pinta seus quadros em azulejos de cerâmica. Em cinco minutos, seus dedos pincelam a tinta a óleo e dão forma aos desenhos, reproduzindo as paisagens de Antonina. Para ele, “o Festival de Inverno também é a época de ter mais lucros.” Nenê expõe seus trabalhos em feiras e eventos no Paraná e Santa Catarina.

Luciana Bello e Leandro Braz vendem pulseiras, colares e brincos, além de fazerem dreads – enfeites de lã e fios feitos no cabelo. Os dois ainda não conseguiram vender o que desejavam, mas esperam reverter os prejuízos até o fim do Festival. “Durante a semana as vendas param um pouco porque o número de pessoas diminui. Mas com o pessoal que virá para cá na sexta, imaginamos lucrar um pouco mais.”

Os comerciantes autônomos também aguardaram o movimento do Festival com muita expectativa. Por volta das 18 horas eles começam a montar os carrinhos de cachorro-quente, churros e pipoca. Helio Fernandes, que vende cachorro-quente em Antonina há sete anos, revela que na semana do Festival ele consegue vender o triplo do que nas outras épocas do ano.

Não é só a economia paralela que ganha fôlego com o Festival. Inúmeros artistas, aproveitam essa semana para fazer suas apresentações. A “Casa do Terror” é a atração de fora da programação mais procurada pelas pessoas. A organizadora da casa, Alexsandra Souza Torres Silva conta que a idéia surgiu há cinco anos numa festa junina na cidade. Na indecisão de escolher entre uma brincadeira como pescaria ou tomba latas ou uma barraca de comida, eles resolveram fazer algo que Antonina nunca viu. E então montaram a “Casa do Terror”.

Um pequeno grupo de adolescentes se fantasia de vampiro, bruxa, morte, palhaço assassino e aterroriza quem entra na casa. Toda decorada com teias de aranha, caixão, caldeirão, a casa reproduz os castelos mal assombrados das histórias de terror. As pessoas andam por quatro cômodos e pouco a pouco vão sendo surpreendidas pelos personagens. A entrada custa R$ 1,00 e o dinheiro arrecadado será revertido para a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Antonina.

Foto(s) relacionada(s):


Movimento nas barracas
Foto: Rute Marques


Nenê pinta azulejos
Foto: Rute Marques


Telhas chamam a atenção
Foto: Rute Marques

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Fonte: Lucas Gandin

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