O grupo de estudantes que ocupava a Reitoria da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, deixou o prédio na manhã de hoje (16), após determinação judicial. O prédio havia sido invadido no dia 31 de agosto.
Em audiência na 4ª Vara da Justiça Federal de Curitiba nesta quarta-feira (16) (leia mais), o juiz substituto Augusto Cézar Pansini Gonçalves determinou que o grupo desocupasse o prédio entre 7 e 9 horas da manhã de hoje (16).
Após a desocupação, foi feita vistoria nas instalações, com a presença de oficiais da Justiça Federal, de funcionários da UFPR que trabalham no imóvel, e de representantes dos invasores, da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Paraná (Sinditest/PR).
Durante a vistoria, foi verificado que portas foram violadas. No dia da invasão, os funcionários que trabalham no prédio trancaram todas as portas internas antes de sair. Entretanto, as dependências do imóvel foram acessadas pelos alunos.
A porta do gabinete do reitor, que estava chaveada e trancada com uma tramela no momento da invasão, foi arrombada e a tramela quebrada. Até mesmo a porta de acesso ao arquivo do gabinete, que guarda documentos importantes, foi violada. Papéis e cartazes com o carimbo do reitor circularam na cidade durante o período da invasão.
Uma porta da sala do Conselho Universitário, que também estava fechada com uma tramela, foi arrombada. Outra porta da mesma sala estava com um clipe de metal dentro da fechadura.
Para o reitor Zaki Akel Sobrinho, a decisão judicial é uma vitória da administração da Universidade, que queria a retomada do imóvel de forma pacífica e negociada, sem o uso da violência. “A Justiça revelou bom senso e atendeu ao nosso pedido de garantir que a desocupação ocorresse de forma democrática e pacífica, sem o uso da força. Com isso, cumpriremos nosso compromisso com os estudantes de retomar o diálogo sobre a sua pauta de negociações imediatamente”, disse.
A Reitoria concederá entrevista coletiva à imprensa às 14 horas desta quinta-feira para informar sobre os prejuízos causados pela invasão.
Prejuízos à comunidade
Os 17 dias de invasão do prédio da Reitoria causaram prejuízos diretos e indiretos a milhares de pessoas. Por causa da invasão, a administração da UFPR não conseguiu efetuar, no quinto dia útil de setembro (dia 9), os pagamentos dos terceirizados e das bolsas estudantis, inclusive as de atleta, cultura, extensão, iniciação científica, monitoria, PROBEM, SIBI e 100 anos, entre outras.
Outro prejuízo refere-se ao repasse de verbas e auxílios para apresentação de trabalhos e participação em eventos científicos. Finalmente, a invasão impediu o cumprimento de compromissos com os fornecedores e as empresas responsáveis por prestadores de serviço, como funcionários do Restaurante Universitário, da vigilância, da limpeza e da manutenção.
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