A equipe da empresa júnior Consultoria em Engenharia Mecânica (Coem Junior) contou neste semestre com o reforço de três estudantes da Texas Tech University (TTU) que escolheram o Brasil para uma etapa de estágio profissional fora dos Estados Unidos. É o segundo semestre que a Coem Junior recebe alunos da universidade estrangeira, como parte de uma parceria feita no início do ano com uma empresa privada de intercâmbio que atua em Curitiba. Os intercambistas retornam aos Estados Unidos no início de agosto.
Segundo o presidente da Coem Junior, Rafael Palomo, a empresa júnior se interessou pela parceria pela oportunidade de agregar “multiculturalidade” à equipe. “Os membros da empresa teriam oportunidade de aprimorar o inglês, trabalhar com um jovem com uma vivência diferente”, conta. “O olhar de alguém de fora pode contribuir muito para a empresa em relação a novas ideias e práticas”.
Derik Cruz, de 23 anos, Joshua Cook, de 20, e Daniel Guerra, de 21, estudam na Edward E. Whitacre Jr. College of Engineering da TTU. Eles optaram pelo estágio de verão no Brasil como oportunidade de conhecer novos ambientes de trabalho, já que todos têm interesse em atuar em grandes empresas depois de formados. A partir do momento em que integraram a equipe, os intercambistas assumiram funções variadas dentro da consultoria, que tem como clientes montadoras e fábricas de máquinas industriais, entre outros.
Ponto de vista
Segundo Derik, o atrativo do intercâmbio é mesmo a experiência profissional — os estudantes da TTU não têm obrigações acadêmicas durante a estada no Brasil. “Não temos aulas, nem precisamos apresentar um relatório acadêmico”, explica. “Mas essa é uma experiência que a universidade incentiva, porque você consegue conhecer realidades bem diferentes”.
O diretor de RH da Coem Junior, Pedro Conselvan, conta que a empresa definiu alguns critérios da seleção pela agência de intercâmbio. Um deles é a fluência em espanhol, para que o intercambista tivesse mais facilidade em entender tarefas do dia a dia e se comunicar com clientes. Já exigências técnicas eram mais complexas, uma vez que as universidades trabalham com softwares diferentes para o desenvolvimento de produtos. “No fim, foi uma surpresa boa, porque eles não só nos ajudaram, mas nos mostraram outros pontos de vista sobre os processos”, diz Conselvan.
Em cerca de um ano, a Coem Jr já recebeu quatro intercambistas da TTU. O coordenador da empresa junior, o professor Carlos José de Mesquita Siqueira, avalia que a experiência tem sido interessante, mas espera convencer a universidade americana a receber alunos brasileiros. “Esse tipo de parceria com universidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Nova Zelândia é mais difícil, porque são instituições que cobram mensalidades consideráveis e não querem fugir dessa regra”, conta. “Mas pode ser uma abertura”.
Experiências
Em 2016, outra empresa junior da UFPR, a Júnior Design, recebeu alunos de Design da Universidade Nacional de Cuyo (UNCuyo), localizada em Mendonza, na Argentina. O interesse dos intercambistas Guillermina Viancarlos e Emiliano Salinas era o de conhecer o funcionamento de uma empresa júnior de Design, com o objetivo de instalar uma associação parecida na UNCuyo.
Segundo a estudante Marcela Rolim Ribas, que era presidente da empresa na época, a experiência se mostrou bastante rica. “Além de todo ótimo astral que trouxeram, a fala com sotaque e empolgação, ambos eram muito capacitados e se encontraram avançados na graduação. Assim, tinham muita experiência e agregaram demais ao desenvolvimento de produto”, conta.
Marcela destaca uma tarde em que os alunos brasileiros e argentinos conversaram sobre as diferenças da área nos dois países. “Foi uma tarde especial. Expandimos a visão do design e do papel do designer por toda a equipe, trazendo muita integração e sinergia ao grupo”.
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