Alunos da Biomedicina contarão com tecnologia de ponta em laboratório

Os acadêmicos do curso de Biomedicina terão acesso a inovações tecnológicas de ponta no próximo ano letivo. O laboratório de Análise e Interpretação de Sinais Fisiológicos está sendo estruturado com 16 unidades do sistema denominado Power-Lab que, nas palavras da coordenadora do curso Djanira Aparecida da Luz Veronez, representa oportunidade de inovação, expansão e consolidação da formação profissional dos estudantes.

Segundo a coordenadora, a estrutura do Power-Lab trará benefícios não apenas aos alunos da Biomedicina como também aos demais do Setor de Ciências Biológicas, uma vez que os cursos de Biologia, Educação Física e os demais cursos que utilizam os laboratórios do setor, como Medicina, Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Medicina Veterinária e Agronomia, além dos estudantes pesquisadores da pós-graduação dessas áreas.

De acordo com Djanira, são poucas as universidades brasileiras que já contam com essa tecnologia já largamente utilizada em muitas universidades do exterior.

‘O sistema permite mais de cem possibilidades de aquisição e interpretação dos registros de sinais biológicos em tempo real’, explica, exemplificando que a teoria ensinada em sala ganhará recursos formidáveis para o entendimento da Fisiologia, disciplina que descreve os mecanismos de funcionamento, desde o nível celular, passando pelos tecidos e órgãos. O Power-Lab se somará ao trabalho do professor que descreve, por exemplo, como funciona o mecanismo elétrico do coração.

O sistema propiciará ao aluno, além de experiência, a visualização do próprio exame, o acompanhamento do padrão de normalidade, a atividade respiratória, a capacidade pulmonar, entre outros aspectos, como se estivesse analisando realmente os resultados gerados por um animal no momento em que realiza seu eletrocardiograma. Como o exame do coração, também outros vários poderão ser simulados: de um eletroencefalograma até a condutividade elétrica da pele, passando por medidas de força muscular e reflexos medulares até espirometria ou reflexo pupilar da luz. Isso com alta qualidade, ingrediente que propicia maior interação com o estudante: ‘A taxa de aquisição de até 400 kHz faz com que qualquer sinal biológico seja adquirido com altíssima resolução, o que aumenta a curiosidade dos alunos sobre o funcionamento do próprio organismo ou do organismo do animal’, explica Djanira.

Questão de ética

A defesa da coordenadora pela adoção do novo sistema também tem fundamento de ética na pesquisa: seu uso eliminará completamente a utilização de animais em aulas práticas. Ela lembra que o uso de animais em aulas práticas tem sido reduzido sobremaneira, condição que está de acordo com princípios modernos ─ inclusive as normatizações e regulamentações nacionais ─ que preconizam a redução, substituição e refinamento em relação ao uso de animais, tanto em pesquisa quanto nas aulas práticas.

Edital da Qualidade

A alta qualidade do futuro laboratório deixou a coordenadora muito feliz, pela perspectiva de trazer para os alunos o que considera um ensino inovador. A viabilização dessa iniciativa foi possível graças ao Edital de Melhoria da Qualidade Social da Graduação, da Pró-Reitoria de Graduação da UFPR: o projeto foi submetido por Djanira ao Edital que neste ano está beneficiando outros 71 projetos, num total de R$2,9 milhões a serem aplicados exclusivamente na Graduação.

‘O Edital foi uma forma de responder às demandas da busca de excelência na graduação articuladas com o Fórum de Coordenadores’, afirma a pró-reitora Maria Amélia Sabbag Zainko, avaliando que se buscou atender necessidades apontadas por aqueles que articulam a proposta pedagógica e podem alavancar a qualidade do processo de formação. O projeto da Biomedicina está entre os fortemente recomendados pela Comissão Avaliadora e custará à UFPR exatos R$227.609,92.

‘O edital atendeu totalmente 12 projetos e parcialmente os demais. É uma grande distribuição de recursos, atendemos todos os Setores da Universidade’, esclarece o presidente da comissão Sávio Moreira da Silva. Ele explicou que foram fortemente recomendados todos os projetos que vinculavam explicitamente melhorias na qualidade do curso. Entre os critérios, a vinculação do Projeto Pedagógico, a contribuição para a melhoria da evasão, do fluxo acadêmico, do rendimento do aluno, de inovações metodológicas de ensino.

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