Agosto Lilás: UFPR promove ações de conscientização e defesa das mulheres

Debates interdisciplinares e atos simbólicos estão entre as principais atividades

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) realiza ações ao longo de todo esse mês voltadas ao Agosto Lilás com o objetivo de sensibilizar a população sobre o combate à violência contra a mulher. A campanha destaca que toda forma de agressão é grave e incentiva a denúncia.

Encontro de empreendedorismo e lideranças femininas

O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da UFPR participa do 1º Encontro de Empreendedorismo e Lideranças Femininas da Incubadora Social da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). O evento será realizado nesta sexta-feira (22), no Vale do Pinhão, em Curitiba.

Proporcionar ao público um dia com rodas de conversa, palestras, pitches sobre projetos e networking entre mulheres é a proposta da ação. As interessadas poderão participar mediante inscrição social, com a entrega de 1kg de alimento não perecível. Confira a programação completa no perfil a Incubadora Social no Instagram e participe.

O programa Vale do Pinhão, da Agência Curitiba, o Instituto Supera, o Sebrae e o projeto social “Nós, Mulheres” também apoiam o encontro, realizado neste mês para celebrar o Agosto Lilás, que visa à conscientização e valorização das vozes e dos direitos das mulheres frente às adversidades do cotidiano.

A Incubadora Social é um projeto vinculado à Agência de Inovação Tecnológica (Agitec) da Unespar que apoia organizações sociais na criação de estratégias de inovação e autogestão. Saiba mais.

5ª edição do Café com Ciência

Em alusão ao Agosto Lilás, o setor de Ciências Biológicas da UFPR promove a 5º edição do Café com Ciência que dessa vez discute pautas voltadas à proteção das mulheres. O evento será realizado nesta sexta-feira (22) no Centro Politécnico, em Curitiba.

A proposta é abrir um espaço de escuta, diálogo e mobilização pela construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária. As inscrições são gratuitas e estão abertas.

“Trazer o Agosto Lilás para esse espaço é um gesto de resistência. Como aluna e mulher é fundamental ocuparmos a universidade com essas pautas para conscientizar e mostrar que a ciência também é uma ferramenta de transformação”, afirma Claudia Huinka, aluna do Curso de Ciências Biológicas, Licenciatura e Bacharelado e uma das organizadoras do evento.

O encontro pretende reunir especialistas e representantes de diferentes áreas para compartilhar experiências e perspectivas, fomentando o reconhecimento dos direitos das mulheres e a luta contra as formas de opressão. 

Entre os participantes da mesa redonda estarão: 

Daraci Rosa dos Santos: Assistente social no Departamento de Políticas para Mulheres, da Secretaria da Mulher e Igualdade Étnico-Racial – SMIR e Secretária Executiva do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Curitiba;

Maria Carolina Rocha: Perita oficial da Polícia Científica do Paraná e especialista em Perícia Criminal atuando a frente de casos criminais no Estado do Paraná;

Luiza Rauen Sabbag: Bióloga, possui doutorado em Direito com  habilitação em Antropologia Forense, atualmente participa do projeto SOS Vamos Revelar da UNIFESP.

A participação no evento é gratuita e livre, toda comunidade interna e externa é convidada.

Atos simbólicos

Além de debates interdisciplinares, a universidade tem realizado atos simbólicos como a iluminação do Centro Politécnico com as cores da campanha (foto). A ação faz parte de um projeto que prevê a modernização da iluminação, o monitoramento da eficiência energética e a utilização do sistema como ferramenta de aprendizado para os estudantes.

A previsão é de inaugurar todo o sistema de iluminação em setembro, incluindo o centro de controle.

Lei Maria da Penha

A campanha Agosto Lilás tem como pano de fundo a Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006) que foi sancionada em 7 de agosto de 2006. A legislação ampliou os mecanismos de proteção às vítimas, definiu os tipos de violência e estabeleceu medidas protetivas de urgência que podem ser solicitadas diretamente à Justiça.

Além de punir agressores, a lei também orienta políticas públicas de prevenção e atenção integral às mulheres em situação de violência. O nome da lei homenageia Maria da Penha Maia Fernandes, que lutou por justiça após sobreviver a duas tentativas de feminicídio cometidas pelo então marido.

Denúncias podem ser realizadas de forma anônima pelos telefones 180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) ou pelo site do Disque-Denúncia: www.181.pr.gov.br.

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