Os pesquisadores Carlos Ricardo Soccol, Marcelo Bellettini, José dos Santos, Francisco Vítola, Fernanda Fiorda e Adriane Medeiros receberam nesta quarta-feira (20) certificados e uma placa comemorativa em alusão ao 300º pedido de patente depositado pela UFPR, de responsabilidade do grupo.
A entrega foi feita em evento promovido pela Agência de Inovação UFPR, no auditório da Funpar, que contou com a participação, entre outros, do reitor, Zaki Akel Sobrinho, do vice-reitor, Rogério Mulinari, e o diretor da Agência de Inovação, Emerson Camargo.
O 300º processo com pedido de patente pela UFPR tem o título ‘metodo de obtenção de uma solução nutritiva preparada à base de meio líquido fermentado por micélio de cogumelo’. “Trata-se de uma solução para hidroponia que utiliza um subproduto de outro processo”, explica Soccol. “É uma forma de reduzir a produção de resíduos e do desperdício de água”, diz.
Para o pesquisador, a homenagem recebida deve servir como estímulo aos pesquisadores e como reconhecimento à produção da Universidade . “Foi uma coincidência; o importante é o trabalho contínuo que vem sendo feito.” O grupo liderado por Soccol é o que mais fez pedidos de patente na UFPR: 55, ao todo.
O diretor da Agência de Inovação, Emerson Camargo, ressaltou que apesar de o evento comemorar o marco de 300 patentes, a gestão da propriedade intelectual na UFPR não se guia pelo fator quantitativo. “Por trás de cada uma desses 300 pedidos há um selo de qualidade”, disse.
De acordo com o último ranking dos maiores depositantes de pedidos de patentes do Brasil – divulgado pelo Inpi em 2011 – a UFPR ocupou o 12º lugar, entre as 50 principais empresas, instituições de ensino superior e institutos de pesquisa nacionais. Foi a mais bem colocada do Sul do país.
Novas ferramentas
No mesmo evento, o coordenador de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação, Alexandre Donizete de Moraes, apresentou duas plataformas online desenvolvidas para facilitar a discussão sobre inovação tecnológica e a transferência de tecnologia entre laboratórios de pesquisa e o setor produtivo.
A primeira, chamada 4NIT, trata-se de um fórum de discussão voltado a núcleos de inovação tecnológica (NIT) de todo o Brasil. Já o SIGUE (Sistema Gerencial Universidade Empresa) funcionará como uma espécie de rede social destinada a colocar em contato empresas interessadas em novas tecnologias e pesquisadores ou grupos de pesquisa que trabalham com o desenvolvimento de produtos inovadores. Segundo Alexandre, as duas ferramentas deverão estar no ar nas próximas semanas.
Célio Yano