Abertura da 14ª Siepe destaca o papel da ciência e do conhecimento compartilhado

17 outubro, 2023
15:01
Por Bruna Soares

Começou nesta segunda-feira (16) a 14ª edição da Semana Integrada de Ensino Pesquisa e Extensão (Siepe). A programação vai até o dia 20 de outubro e conta com uma semana cheia de atividades, rodas de conversas e apresentação de trabalhos. Este ano o evento está sendo realizado de forma remota, mas a expectativa é que no ano de 2024 a programação volte a ser presencial. Julio Gomes, Pró-reitor de Graduação e Educação Profissional (Prograd) e presidente da Siepe conta o sucesso que foi as inscrições da submissão de trabalhos nesta edição. “Esse ano foram inscritos mais de 2700 trabalhos com aproximadamente 5300 autores e um envolvimento de 1780 professores como orientadores, co-orientadores e coordenadores. A Siepe na verdade ela é uma grande celebração da produção da universidade em termos de ensino, pesquisa, extensão, inclusão e diversidade”

Julio Gomes, Pró-reitor da Prograd. Foto: Marcos Solivan

A abertura da solenidade desta edição aconteceu no Salão Nobre de Ciências Jurídicas, no Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Compondo a mesa diretiva, estavam presentes a vice-reitora da UFPR, Graciela Inês Bolzón de Muniz, o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UFPR, professor Francisco de Assis Mendonça, o Pró-reitor de Graduação e Educação Profissional (Prograd), Julio Gomes, o Superintendente de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (SIPAD-UFPR), Paulo Vinicius Baptista da Silva e o Pró-Reitor de Extensão e Cultura da UFPR, Rodrigo Arantes Reis.

Foto: Marcos Solivan

Para a vice-reitora, Graciela Inês Bolzón de Muniz, precisamos aprender a construir o conhecimento que nos permeia. “Está semana é uma semana importante porque é um evento que reúne a todos e é um evento em especial para os estudantes porque informação temos, mas precisamos aprender a construir o conhecimento e fortalecer a pesquisa e a pós-graduação”.

Vice-reitora da UFPR, Graciela Inês Bolzón de Muniz. Foto: Marcos Solivan

Esse ano um dos grandes objetivos da Siepe foi fazer uma semana que integrasse todos os campi da universidade, além de inserir o público externo ao evento. “É o principal evento voltado ao público externo. A Siepe aponta para um desafio muito grande que é a integração entre ensino, pesquisa e extensão e eu acho que a Universidade Federal do Paraná tem caminhado bem no sentido desse objetivo de integração entre esses diferentes níveis da universidade”, disse Julio.

Raquel Jacob Furlan, estudante de Turismo na UFPR e bolsista da Siepe, comenta que esse ano o conhecimento vai ser dobrado. “Além de ter acesso e poder assistir também os diversos trabalhos que estão sendo apresentados, eu acho que vai ser animador porque tem muita coisa a ser dita, trabalhada e tem muita coisa que a gente nunca viu e vai conhecer agora, e estando dentro da extensão a gente conhece muito mais do que a UFPR faz e do que os alunos estão querendo fazer e estão colocando em prática”

Conferencista

O professor Aldo Jose Gorgatti Zarbin, titular do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conferencista convidado para a abertura da Siepe e se inspirou na canção Ilmo Sr. Ciro Monteiro ou Receita Pra Virar Casaca de Neném, de Chico Buarque, para sintetizar a existência de 10 palavras que são importantes para aqueles que fazem ciência. A temática, foi o tema em questão de sua palestra: “Fazer ciência em 10 palavras ou Como se constrói o conhecimento”.

Aldo Jose Gorgatti Zarbin, titular do Departamento de Química da UFPR. Foto: Marcos Solivan

Aldo ainda ressaltou que essa temática foi criada em 2018 como uma provocação de um colega da química e acabei falando dela em muitos lugares, inclusive na SBPC em 2018.

Procedendo da criatividade e das manifestações artísticas, o professor explica como a química está presente nas artes, seja na criação de novos pigmentos em produtos usados para restauração, identificação e certificação ou até mesmo novos materiais. Um outro elemento que Aldo também destaca é a sagacidade e diz ser fundamental para a ciência. O professor também destacou a determinação e a sabedoria, para saber o momento de persistir e de parar.

Além disso, o professor observa a simplicidade no fazer e no agir científico. “A simplicidade humana tem que tá acima de qualquer coisa e ninguém é melhor que ninguém”.

Outra palavra relacionada pelo professor como importante é a divulgação e ressalta que as descobertas precisam ser publicadas para especialistas. “Eu tenho a obrigação de publicar os meus resultados e assim o conhecimento vai sendo conhecido. A publicação é totalmente fundamental”. Entre essas palavras, o professor Zarbin tem a ética como um dos principais valores, e contou como a vaidade e o ego, por exemplo, podem abalar a vida de um cientista.

Oportunidade também está dentro das palavras elencadas pelo professor. “Você precisa ter oportunidade de estar em uma instituição que faz ciência”. Aldo comentou sobre os efeitos dos cortes no orçamento para ciência e tecnologia e a produção científica nacional. “A gente teve uma queda muito além do aceitável possível. É reflexo do descaso pelo qual o sistema como um todo foi tratado “, declarou.

A nona palavra destacada pelo professor é a representatividade. Nesse momento, Aldo destaca a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) como uma sociedade que representa a química. E por último, Zarbin comenta sobre a paixão (ou diversão?). “É fundamental que se tenha paixão” , finalizou. O professor Aldo Zarbin ainda nos lembra que um bom cientista tem que ter essa paixão porque sem ela fica difícil.

Caso haja dúvidas sobre como se inscrever nas atividades, acompanhe o tutorial que a @progradufpr preparou. A UFPR TV também preparou uma matéria especial sobre a 14ª Siepe, acompanhe.

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